• Críticas e indicações,  Livros

    A Cor Púrpura

    Intenso e tocante, A Cor Púrpura é a segunda indicação dessa quinzena. Escrito pela escritora e ativista Alice Walker, ele conta a trajetória de Celie, uma menina que começa a história com catorze anos, em busca de sua própria voz. Já casada, ela é auxiliada por Shug Avery, uma mulher livre, cantora e dona de sua própria vida, que se torna sua amiga e amante. Esse é um dos casos em que a adaptação cinematográfica não chega aos pés da obra original. Whoopi Goldberg, em seu primeiro papel, é perfeita retratando a doçura da protagonista, mas a sororidade é enfraquecida, as descobertas sexuais ignoradas, e a violência sofrida pelas mulheres tratada de…

  • Críticas e indicações,  Livros

    Hibisco Roxo

    A essa altura é provável que você que nos lê já tenha entrado em contato com a literatura de Chimamanda Ngozi Adichie, seja através do seu manifesto Sejamos Todos Feministas, seja do best-seller Americanah (cujo rumor sobre a adaptação para o cinema circula há tempos, supostamente com Lupita Nyong’o no papel principal). E embora eu goste muito deles, vou deixar a indicação do menos badalado Hibisco Roxo. Trata-se de um romance de incrível delicadeza, que gira em torno da vida da adolescente Kambili, cuja família de grandes posses tem papel de destaque na sociedade local. Mas ela vive presa a uma rotina de rigor e violências nas mãos de seu pai, rotina essa…

  • Críticas e indicações,  Filmes

    Belle (2013)

    Se você gosta de romances de época, novelas de costumes e/ou filmes baseados em fatos reais, Belle, dirigido por Amma Asante, é um prato cheio. É um filme baseado na história de Belle, uma jovem negra criada por seu tio aristocrata e branco. A trama se desenrola na Inglaterra do século XVIII, onde apesar de seus privilégios de classe, é confrontada com racismo cotidiano. A atriz que interpreta o papel principal é a maravilhosa Gugu Mbatha-Raw, que foi desperdiçada em A Bela e a Fera como Plumette (um espanador na maior parte do filme), mas em breve retorna como Dra. Kate Murry em Uma Dobra no Tempo, dirigido por Ava DuVernay. 

  • Críticas e indicações,  Filmes

    Middle of Nowhere (2012)

    Midlle of Nowhere (2012) foi o segundo longa de Ava DuVernay e também participou de uma série de premiações, das quais se destacam a indicação ao grande prêmio do júri e a vitória de melhor direção dramática em Sundance e indicação de melhor atriz, melhor ator coadjuvante e melhor atriz coadjuvante no Film Independent Spirit Awards, onde também venceu o prêmio John Cassevetes, conferido a obras com orçamento menor que 500 mil dólares. A trama mostra a trajetória de Ruby, uma mulher que abandona sua faculdade para conseguir acompanhar o marido que foi preso.

  • Podcasts

    Feito por Elas #28 Sarah Polley

    No podcast de hoje conversamos sobre a filmografia da cineasta, roteirista e atriz canadense Sarah Polley, que começou a atuar aos quatro anos e a dirigir com vinte, com forte posicionamento político e inspiração em suas vivências pessoais. Os filmes discutidos foram Longe Dela (Away From Her, 2006), Entre o Amor e a Paixão (Take This Waltz, 2011) e Histórias que Contamos (Stories We Tell, 2012). O programa é apresentado por Isabel Wittmann do Estante da Sala, Stephania Amaral do site homônimo e Instagram Discos da Ste, Michelle Henriques, do Leia Mulheres e Feminist Horror e Samantha Brasil do Delirium Nerd, PartidA Feminista e Cineclube Delas. Edição: Felipe Ayres Feedback: cinemafeitoporelas@gmail.com Feed|Facebook|Twitter|Instagram|Letterboxd Arte da capa: Amanda Menezes Vinheta: Mey Linhares Assine nosso Padrim Assine nosso Patreon Mencionados: [FILME] La La Land: Cantando Estações (La La Land, 2016),…

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    Pariah (2011)

    A protagonista de Pariah é Alike, uma jovem negra e lésbica que se divide entre as diversas facetas de sua vida, negociando espaços e aceitação. A atuação de Adepero Oduye no papel principal é um dos pontos fortes do filme, assim como a sinceridade e força colocada na sua trajetória dentro da narrativa. Primeiro longa escrito e dirigido pela cineasta Dee Rees, é um filme verdadeiro e que demonstra o seu potencial.

  • Críticas e indicações,  Filmes

    Tomboy (2011)

    Após uma mudança de endereço, uma criança chamada de Laure pela família mas que se apresenta como Mickäel (com interpretação incrível de Zoé Herán) para os novos amiguinhos vê aí a oportunidade de começar do zero seu círculo social, a forma como estrutura sua rotina e a maneira como as demais crianças a enxergam. Esse é o ponto de partida de Tomboy (2011), um drama doce escrito e dirigido por Céline Sciamma e que trata de questões sobre infância, identidade e noção de si quando se cresce um mundo tão binariamente generificado como o nosso. 

  • Críticas e indicações,  Filmes

    De Gravata e Unha Vermelha (2015)

    Na vibe das comemorações do orgulho LGBT em junho, aproveito para indicar fortemente o documentário De Gravata e Unha Vermelha (2015), escrito e dirigido por Miriam Chnaiderman, com depoimentos de Laerte Coutinho, Rogéria, Ney Matogrosso e Dudu Bertholini, apenas para citar alguns dos nomes mais relevantes. Em meio às emocionantes histórias da vocalista Candy Mel, da Banda Uó, trechos de apresentações ao vivo do grupo coroam de forma pontual a trilha sonora do filme Cada um deles discute experiências de transexualidade e crossdressing e das conversas surge um maior entendimento dessas questões, o que proporciona um rompimento de preconceitos e confusões entre identidade de gênero e preferência sexual, no caminho para o…

  • Críticas e indicações,  Filmes

    Paris is Burning (1990)

    Paris is Burning (1990), de Jennie LivingstonSe você gosta de RuPaul’s Drag Race e ainda não assistiu a esse documentário, corra! Mas se não gosta, assista mesmo assim! Interessantíssimo, ele é um mergulho imersivo na cultura drag da Nova York no final dos anos 80. As personagens são interessantes e Livingston consegue capturar o momento em que a arte é assimilada pelo mainstream. Você pode ler mais sobre ele aqui. 

  • Críticas e indicações,  Filmes

    Frida (2002)

    Frida (2002), de Julie TaymorBiografia da pintora mexicana Frida Kahlo, interpretada por Salma Hayek. O foco recai no relacionamento intermitente ao logo de sua vida  com o muralista Diego Rivera, mas passa por sua bissexualidade sem grandes detalhes. Com cores vistosas, o filme recebeu o Oscar de melhor trilha sonora e melhor maquiagem.