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Releituras: novos olhares para antigas histórias
Devido à pandemia de coronavírus, o ano de 2020 foi intensamente desafiador e não há dúvidas de que, diante de tanta crise, a necessidade principal dos novos tempos é se reinventar. Da reinvenção surgem, então, mudanças que apontam para novas versões e redefinições de uma série de processos e também de nós mesmos, numa busca por adaptação ao contexto e às tendências. Algo que o cinema, enquanto arte e entretenimento, sempre fez muito bem. Algumas narrativas clássicas e que marcaram época estão, ao longo da história, sendo atualizadas para novos públicos que demandam abordagens que acompanham as discussões contemporâneas e estéticas que evidenciam como técnica e linguagem têm se desenvolvido. …
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Nasce uma Estrela (A Star is Born, 2018)
É fácil encontrar na internet um vídeo de Stephanie Germanotta aos dezenove anos tocando piano e cantando uma música de sua autoria: os pés descalços no pedal, o cabelo naturalmente castanho, o vestido sem glamour, a voz intensa e a entrega de um talento cru, mas patente. A jovem mostra domínio sobre a arte que cria, ainda que sem os elementos de polidez que a tornam vendável. Alguns anos depois, rebatizada Lady Gaga, se tornou mais que cantora e compositora: é uma performer, uma artista que cria uma fantasia de si a cada aparição pública, arrebatando fãs nesse processo. Gaga é um combinado de aptidão, figurino, acessórios, danças, aparições marcantes e refrãos…