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ARLEQUINA
Depois do fracasso de Esquadrão Suicida, nada mais justo que um filme do Coringa sem Arlequina… e um filme da Arlequina sem Coringa. Mesmo submissa (servidão justificada pela etimologia do nome) eu já a adorava em todas as cenas do infame filme de herói – gênero despreferido – já citado. Agora dona de uma película quase só dela, ela cumpre a função de divertir o público com suas gracinhas e deslizes e se une a outras aves de rapina em busca de emancipação, agradável tendência feminista.
Tudo se encaixou bem no universo da anti-heroína: a estética punk 80’s (novamente), a trilha sonora cantada por mulheres, mais um mérito da diretora, a breve montagem musical em pastiche/homenagem aos diamantes de Marilyn, a decoração de seu muquifo e até as animações introdutórias e nos créditos finais.
Apesar de Máscara Negra exagerado e forçações de barra como o canto mortal de Canário (provavelmente de alguma cena do gibi), há muita força em todo esse protagonismo feminino reforçado pela garotinha ladra, pela Caçadora e pela policial Montoya, que vê seu mérito profissional surrupiado em um mundo de homens.
Voltamos à questão já levantada em Mulherzinhas e Retrato de uma Jovem em Chamas: “ser livre é estar só?” Talvez não necessariamente, mas após ficar desiludida e consciente de sua solidão não apenas romântica, Harley abre o coração vilanesco pra fazer novas amigas, passa a levar bebidas pras meninas certas, e assim com certeza ganha muito mais força.
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