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    Dumplin’

    O filme original da Netflix Dumplin’ (algo como “bolinho” em tradução livre) mostra a trajetória da adolescente Willowdean (Danielle Macdonald), uma menina gorda que recebe esse apelido de sua mãe, Rosie (Jennifer Aniston), uma ex-miss da sua cidade com quem tem um relacionamento conturbado. Will também sente falta de sua tia que faleceu e lhe apresentou Dolly Parton, cantora por quem a adolescente nutre admiração. O roteiro de Krinstin Hahn, baseado no livro de Julie Murphy, nem sempre parece saber para que lado levar a trama. Se por um lado tece uma crítica a padrões de beleza que estabelecem determinados corpos como adequados, por é conciliador com o próprio concurso de…

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    Alguém Tem Que Ceder

    Recentemente entrou para o catálogo da Netflix o filme Alguém Tem Que Ceder (Something’s Gotta Give, 2003), escrito e dirigido por Nancy Meyers. Nessa comédia romântica, Diane Keaton vive Erica Barry, uma escritora renomada que está às voltas com um homem rabugento, Harry Sanborn (interpretado por Jack Nicholson) e outro que admira profundamente seu trabalho, Julian Mercer (vivido por Keanu Reaves). Com momentos de ridículo e uma boa protagonista, o filme é uma boa pedida pro fim de semana. Aproveite e depois ouça nosso programa sobre a diretora, em que conversamos sobre ele.

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    10 anos de Estante da Sala

    Nem acredito que esse dia chegou! No dia 5 de fevereiro de 2009 eu escrevi a primeira postagem nesse blog: era uma receita de massa de pizza. Eu estava formada há uns quatro meses, desempregada e imensamente frustrada. As coisas não estavam dando certo. Mas o blog veio como a possibilidade de escrever sobre coisas que me interessavam. O nome “Estante da Sala” veio da ideia de que esse móvel pode comportar livros, jogos de videogame e filmes, as coisas com as quais eu mais me envolvia na época. Mas eu também cozinhava (e cozinho) muito, então logo ele foi preenchido por receitas com fotos de passo a passo. Como…

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    Vidro (Glass, 2019)

    Você já foi a a uma convenção de quadrinhos? [spoilers moderados à frente] Corpo Fechado (Unbreakable, 2000), foi vendido como um filme de suspense que se revelou um filme de super-heróis, e talvez por isso tenha decepcionado tanta gente na época, logo depois do sucesso estrondoso de Sexto Sentido. Sem efeitos digitais vistosos, sem collants e (quase) sem capas, o filme retratava David Dunn (e a dupla de iniciais coincidente não é por acaso), interpretado por Bruce Willis, descobrindo seu poder de indestrutibilidade, guiado por Elijah Price, que é vivido por Samuel L. Jackson. Elijah tentava ao mesmo tempo ser seu amigo e seu oposto e o filme lidava com…

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    Jane: a Mão dos Chimpanzés

    A dica de hoje na verdade eu já dei tanto no meu twitter quanto no grupo do Feito por Elas do Telegram, mas vou reforçar. Assista Jane: a Mãe dos Chimpanzés (Jane, 2017), de Brett Morgen! O documentário, montado com imagens inéditas descobertas em 2014, mostra o trabalho de Jane Goodall com chimpanzés, considerada a mais longa pesquisa contínua de animais em seu habitat. Jane é uma personagem absolutamente fascinante e uma profissional incrível. A maior parte das imagens foi realizada ainda na década de 1960 por Hugo Van Lawick, que foi encarregado pela National Geographic Society de registrar o trabalho dela. Considerado um dos melhores fotógrafos de natureza, Hugo filmou de perto cada etapa do trabalho…

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    Melhores filmes de 2018

    Também conhecido como “os filmes que eu mais gostei de ver”, portanto algo bastante pessoal. Novamente não fiz repescagem em dezembro, porque estou cansada e não quis correr atrás do que deixei pelo caminho. Esse ano foi recheado de trabalho, incluindo dois júris (no Festival Internacional do Mulheres no Cinema e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo), alguns debates, eventos acadêmicos, docência e minha admissão na ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Sobre essa retrospectiva, devo avisar que não tomei grande cuidado ao ordenar os filmes e depois do décimo quinto já não obedecem mais ordem alguma (e sinceramente não vou me preocupar com isso). Optei por…

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    Os 20 melhores filmes vistos pela primeira vez em 2018

    Essa lista, que faço todos os anos, são dos melhores filmes que eu vi pela primeira vez no ano e que não são lançamentos. Como sempre, para facilitar, escolhi apenas filmes ficcionais de longa metragem.  Além disso, para abrir espaço à variedade, diretoras e diretores com mais de um filme que preenchessem esse critério tiveram só um listado. Outros filmes com avaliação alta vistos esse ano, mas com direção repetida, serão colocados abaixo. A lista também pode ser conferida no letterboxd. Filmes sobre os quais escrevi ou gravei podcast tem links no título e a ordem da disposição é cronológica. As Aventuras do Príncipe Achmed (Die Abenteuer des Prinzen Achmed, 1926)…

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    Melhores documentários assistidos em 2018

    Pela quinta vez eu elaboro essa lista contendo os melhores documentários assistidos no ano, que por algum motivo nem entram na lista de melhores filmes nem abarcam somente lançamentos. Por que separá-los dessa fora? Bom, primeiro porque gosto muito de documentários, mas principalmente porque sim, porque é mais fácil de elaborar a lista de melhores do ano e facilita minha vida assim. A lista abaixo está grosseiramente ordenada por preferência e está disponível no letterboxd. Filmes sobre os quais escrevi ou gravei podcast estão devidamente linkados. A Valsa de Waldheim (Waldheims Walzer, 2018) Direção: Ruth Beckermann Half the Picture (2018) Direção: Amy Adrion Nitrate Kisses (1992) Direção: Barbara Hammer Os Catadores e Eu (Les Glaneurs et la Glaneuse, 2000)…

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    As Viúvas (Widows, 2018)

    Baseado na minissérie britânica As Damas de Ouro (Widows, 1983), As Viúvas é o quarto longa do diretor Steve McQueen, que escreve o roteiro em parceria com Gillian Flynn. As protagonistas são Veronica (Viola Davis), Linda (Michelle Rodrigues), Alice (Elizabeth Debicki) e Amanda (Carrie Coon), cujos maridos, liderados por Harry Rawlings (Liam Neeson) morreram na explosão de uma van utilizada em um roubo. Logo na primeira sequência a montagem contrasta a calmaria doméstica com o caos nas ruas. O relacionamento harmonioso de Harry e Veronica vai até o limite das atividades realizadas por ele: embora ela pareça saber de onde vem o dinheiro que sustenta o padrão de conforto em que…