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    Especial de Ano Todo com Clarice Falcão

    A cantora (o tempo todo com o mesmo vestido de globo de luz) e a banda Exército de Bebês faz de tudo para agradar o espectador no ‘Especial de ano todo com Clarice Falcão‘, dirigido por Joana Mazucchelli. Metalinguístico, quase escatológico e – tirando as partes de vergonha alheia extrema – o show tem seus momentos, como a versão de “Mágóas de Março” do Tom Jobim e “Pedaço de Mim” do Chico Buarque, além de outras canções originais e da participação da produtora fictícia Jô, sempre solicitada ao palco

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    Lou (Lou Andreas-Salomé, 2016)

    Lou Andreas-Salomé. É provável que você, assim como eu, nunca tenha ouvido falar desse nome. E isso é mais do que sintomático. Louise von Salomé foi uma romancista, filósofa e psicanalista. Roteirizado (juntamente com Susanne Hertel) e dirigido por  Cordula Kablitz-Post, o filme que leva seu nome se propõe a relatar um pouco de sua biografia. A protagonista é retratada em diversas idades. Quem rememora sua história é ela mesma, aos setenta e dois anos (Nicole Heesters). Nascida em 1861, aos seis anos (Helena Pieske) queria ter as mesmas liberdades que eram oferecidas a seu irmão. Aos dezesseis (Liv Lisa Fries) se instruiu aprendendo filosofia e teologia com um tutor.…

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    The Square: A Arte da Discórdia (The Square, 2017)

    Postado originalmente em 9 de novembro como parte da cobertura da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo  O aguardado vencedor da Palma de Ouro em Cannes é outra obra provocativa do cineasta sueco Ruben Östlund. Dessa vez seu alvo é o mercado da arte, representado aqui por Christian (Claes Bang), um diretor de museu extremamente preocupado com sua imagem pessoal e com a relevância midiática de seu local de trabalho. O primeiro ponto levantado pelo filme diz respeito ao que é a arte. Em determinado momento se pergunta: uma bolsa colocada em uma exposição é arte? Esse tipo de questionamento já é antigo e um tanto enfadonho: desde centenária…

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    O Jovem Karl Marx (Le jeune Karl Marx, 2017)

    Postado originalmente em 10 de novembro como parte da cobertura da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo  Depois do aclamado documentário Eu Não Sou Seu Negro, Raoul Peck retorna com essa cinebiografia correta, que aborda os anos de juventude do filósofo Karl Marx (August Diehl), quando entabulou amizade com Friedrich Engels (Stefan Konarske), com quem futuramente escreveria o Manifesto do Partido Comunista e que possibilitaria a criação de O Capital. A esposa de Marx, Jenny von Westphalen (Vicky Krieps) aparece com a terceira personagem de importância e com uma trajetória interessante: a moça rica e estudada, de família tradicional, que largou tudo para casar-se com o rapaz pobre, judeu…

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    Filmes assistidos em dezembro

    Final de ano vem acompanhado com uma desaceleração. Cansaço define. Não quis fazer nada remotamente parecido com trabalho, incluindo assistir a filmes. E esse foi o ano com menos filmes visto da última meia década: 264 longas, no total. Fico pensando que talvez eu devesse diminuir o tempo dedicado ao cinema na minha vida. Depois de alguns anos de blog, ainda não consigo entender muito bem qual é o objetivo disso. 2018 vai ter que ser um ano para repensar metas. Mas enquanto vou pensando aqui, queria agradecer a quem me acompanha e desejar um ótimo ano, cinéfilo ou não! 52 films by women: Certas Mulheres (Certain Women, 2016) ★★★½  …

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    Melhores filmes de 2017

    Primeiramente devo dizer que falhei miseravelmente em fazer uma lista de melhores esse ano. Primeiro porque minha repescagem de dezembro foi pro espaço, mais por preguiça do que por qualquer outra razão: quando acabei meus compromissos principais, estava tão cansada que não quis fazer nada remotamente parecido com trabalho. Depois, eu tive um punhadinho de filmes que amei, mais um tanto que eu gostei bem. Só que esses segundo são muitos e não os destaco o suficiente para fazer questão de incluí-los ou retirá-los. Enfim, em meio a essa bagunça, já tive entre 23 e 32 filmes listados (quando geralmente são apenas 20). Optei por deixar desse jeito mesmo. Digamos…

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    O 20 melhores filmes de 2017 que não são de 2017

    Essa lista, que faço todos os anos, são dos melhores filmes que eu vi pela primeira vez no ano e que não são lançamentos. Como sempre, para facilitar, escolhi apenas filmes ficcionais de longa metragem. Além disso, para abrir espaço à variedade, diretoras e diretores com mais de um filme que preenchessem esse critério tiveram só um listado. Outros filmes com avaliação alta vistos esse ano, mas com direção repetida, serão colocados abaixo. Geralmente a lista tem 30 filmes e esse ano tem apenas 20. Isso é reflexo do pouco tempo que tive para me dedicar a ver os filmes mais antigos. Eu costumava fazer meses temáticos, assistindo a diversos filmes de…

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    Melhores documentários assistidos em 2017

    Esse é o terceiro ano em que elaboro a lista de documentários que mais gostei de ver ao longo do período. É a primeira vez em que, com apenas uma exceção (logo a primeira colocada) todos os demais são lançamentos. Quase não assisti a documentários mais antigos esse ano, o que é sempre uma pena. (Aliás, elaborando as listas de melhores do ano percebi que deixei de fazer muita coisa esse ano). Mas também o #52FilmsByWomen está rendendo resultados e por acaso apenas um não dirigido ou co-dirigido por uma mulher. Bom, porque separar os documentários dos demais filmes? A resposta é simplesmente porque sim: porque me facilita, com menos…

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    O Morro dos Ventos Uivantes (Wuthering Heights, 2011)

    Aproveitando o nosso recente podcast sobre a cineasta Andrea Arnold, não podemos deixar de recomendar O Morro dos Ventos Uivantes, sua adaptação do clássico homônimo de Emily Brontë. A obra, intensa como o livro, é, talvez um de seus filmes menos prestigiados, já tomou certa liberdades na adaptação. Mas elas se pagam com a entrega de um filme que captura a essência da narrativa literária.

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    Demain (2015)

    O documentário Demain, dirigido por Mélanie Laurent e Cyril Dion, aborda diversos problemas contemporâneos, como agricultura pautada em monoculturas, produção de energia e economia com seus ciclos de crise, entre outros, e mostra soluções em pequena escala que já estão estão sendo utilizadas em diversos locais. Apesar de pecar por ignorar a cadeia de produção implicada em determinados contextos, traz muitas informações interessantes e possibilidades reais de soluções.