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#52FilmsByWomen ano 2: a conclusão
Em 1º de outubro de 2015 eu comecei o desafio #52FilmsByWomen (ou 52 Filmes por Mulheres). Senti que precisava conhecer mais filmes que fugissem de um olhar androcentrado e que existiam muitas mulheres com filmografias incríveis para desbravar. Ontem concluí, portanto, o segundo ano do desafio. No primeiro foram 72 longas assistidos e dessa vez foram 91. Somo assim, 163 longas em dois anos, que sobem para 185 quando levo em conta os curtas, mas esses não estou computando na minha “contagem oficial”. É claro que o aumento no número se deve à continuidade do trabalho no Feito por Elas. Também escrevi sobre a questão do trabalho dessas cineastas em…
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Mulher Maravilha (Wonder Woman, 2017)
É difícil manter a objetividade quando se escreve uma crítica como essa, porque são inúmeros fatores além do filme exibido que se somam à sua avaliação. A começar pelo próprio fato de ser o primeiro filme de super heroína em doze anos, desde o desastre que foi Elektra (2005). Acontece que quando um filme é protagonizado por mulher, ele precisa valer por todos. Se não for bom o suficiente, ele invalida por anos qualquer projeto que possa ser tematicamente relacionado. Além disso, mesmo quando faz sucesso, geralmente existe isoladamente, não criando uma tendência de filmes similares. Lembro de ter lido há um tempo que depois do sucesso de Thelma & Louise…
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Sobre cineastas e grandes orçamentos
Tem certas coisas que, quando vemos, só dá pra dizer, como se fala na minha terra, que é de cair o c* da bunda. Perdoem-me a finesse. É o caso do tuíte abaixo, do Hollywood Reporter. #acessível: Twitter do Hollywood Reporter onde se lê “#MulherMaravilha Warner Bros. está apostando 150 milhões de dólares em uma cineasta cujo único crédito anterior no cinema foi um filme indie de 8 milhões”. Twitter de Scott Beggs respondendo: “Contexto: mulher faz um sucesso de crítica e e de bilheteria que ganha um Oscar… Tem que esperar fodidos 14 anos para ser contratada para um longa de novo”. Galera do Hollywood Reporter acha que a…
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As Mulheres que Ele Despiu (Women He’s Undressed, 2015)
As Mulheres que Ele Despiu é o título da autobiografia jamais publicada do premiado figurinista Orry-Kelly. O documentário homônimo dirigido por Gillian Armstrong descortina sua vida e obra desde o vilarejo natal na Austrália, passando pelo período em que morou em Nova York e trabalhou na Broadway até chegar à consagração na época de ouro de Hollywood. Kelly começou a sua carreira como aspirante a ator e foi dessa forma que se mudou para os Estados Unidos. Usou sua experiência com os bastidores do teatro e o contato profissional com as coristas para se alçar primeiro ao papel de cenógrafo e finalmente de figurinista. Foi nessa época, durante a década de 1920,…
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#52FilmsByWomen: a conclusão
Foi no dia 1º de outubro de 2015 que eu comecei a participar do desafio #52FilmsByWomen ou 52 Filmes por Mulheres. Para quem não sabe, a ideia consiste em assistir a um filme dirigido por uma mulher por semana, durante um ano, totalizando os tais cinquenta e dois. O que o desafio me proporcionou foram muitas descobertas maravilhosas e um novo projeto, o Feito por Elas, em que toda quinzena debatemos alguns filmes da filmografia de uma diretora. Optei por não contabilizar os curtas e, ao final do período estipulado, foram 72 longas assistidos e dentre eles, grandes descobertas. Foi bom rever As Patricinhas de Beverly Hills (Clueless, 1995, Amy Heckerling) e Psicopata…
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Janelas: Nome de Família
Nome de Família (The Namesake, 2006) é dirigido pela cineasta indiana de diáspora Mira Nair. Focado na migração de um casal de indianos para os Estados Unidos, o filme aborda a diferença entre as gerações, os conflitos entre individualidade e tradição e, claro, o sentimento de pertencimento em um local ou comunidade, tudo isso colorido por cores maravilhosas. É o meu 56º filme assistido para o desafio #52FilmsByWomen.