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[78º Festival de Cannes] Die, My Love
Este texto faz parte da cobertura do 78ª Festival de Cinema de Cannes, que ocorre entre 13 e 24 de maio. A associação que se faz entre mulheres e figuras selvagens, animalescas, acompanha milênios de expressões artísticas, religiosas e culturais, construindo arquétipos que perpassam tempos, lugares e gerações, e que podem, a depender da representação e contexto, trazer perspectivas tanto positivas como negativas. Um exemplo que, na contemporaneidade, vem se destacando e contribuindo para o empoderamento e autoconhecimento feminino é o livro Mulheres que Correm com Lobos, escrito pela psicanalista americana Clarissa Pinkola Estés, que vai, em brevíssima síntese, estimular, perpassando por contos universais, a liberdade da mulher como ser…
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As heroínas e o mundo nerd
O dia 25 de maio é a data em que se comemora mundialmente o Dia do Orgulho Nerd. Mas também é a celebração do Dia da Toalha. Desde a première do primeiro filme da série Guerra nas Estrelas, Star Wars – o Episódio IV: Uma Nova Esperança, que estreou em 25 de maio de 1977, a data passou a ser usada para celebrar a cultura nerd. Já a morte do escritor Douglas Adams em 11 de maio de 2001, por sua vez, levou seus fãs a escolherem uma data duas semanas depois, usando a toalha, objeto essencial em O Guia Do Mochileiro das Galáxias, para prestar suas homenagens. Curiosidades sobre…
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Mãe! (Mother!, 2017)
O novo filme do cineasta Darren Aronofsky, Mãe!, é compreensivelmente divisivo, mas o mínimo que se pode dizer é que não é uma obra da qual se escapa indiferente. Intenso e com um uso de imagens fortes, o filme enreda o espectador em uma trama que se apresenta na forma de camada sobre camada de alegorias. Em sua superfície nós temos uma história de casal: ela (Jennifer Lawrence) é casada com um escritor (Javier Barden). Eles moram em uma casa antiga, que pertencia a ele e que ela está reformando aos poucos, cômodo por cômodo. Ela acorda e passeia pela casa em busca dele, com uma camisola branca transparente. Os…
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X-Men: Apocalipse (X-Men: Apocalypse, 2016)
Em meio a uma enxurrada de filmes de heróis que chegam aos cinemas todo verão americano, os da franquia X-Men costumam se destacar por trazerem ao gênero subtextos que o tornam mais interessante. Com tramas que remetem à luta pelos direitos civis, temos papéis que não são necessariamente de heróis e vilões, mas sim de pessoas com abordagens diferentes para um mesmo problema: a discriminação contra os mutantes. Dessa forma, Xavier (James McAvoy) seria o representante da vertente pacifista por vias legais e Magneto (Michael Fassbender) da luta armada, e Mística (Jennifer Lawrence) divide-se entre as duas possibilidades e o afeto que tem pelo dois. Mas o terceiro filme da nova trilogia…