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[Tribeca 2025] On a String

Este texto faz parte da cobertura do Tribeca Film Festival 2025, que ocorre entre 4 e 15 de junho.


O dia a dia de uma musicista formada em um dos conservatórios de arte mais importantes do mundo não tem nada de glamour. Pelo menos se essa musicista em questão for a protagonista de On a String (2025), filme dirigido, roteirizado e estrelado por Isabel Hagen. Ela é uma violista – e não uma violinista, vale ressaltar – que vive a vida entre apresentações em casamentos, funerais, participações em shows de cantoras indies e a casa dos pais, onde mora. 

On a String segue o beabá de produções da TV e do cinema indie estadunidense focado nos pequenos fracassos pessoais e profissionais de suas protagonistas – que renderam pequenas pérolas nos anos 2000, vale ressaltar. Para quem gostou de Frances Ha ou da série Girls, por exemplo, a rota seguida por Isabel (que tem seu nome emprestado da intérprete/diretora/roteirista) não é lá muito diferentona. 

No cardápio do filme de Hagen, a protagonista entrega algumas decisões erradas, relações conturbadas com amigos e familiares e uma falta de paixão pelo que faz e, claro, uma indecisão sobre os rumos da vida… Quem nunca, né? 

A incerteza com que a realizadora conduz sua obra é providencial para que os tropeços no caminho da Isabel da ficção sejam sentidos com tanta facilidade (isto é, se você for uma millennial que se sente meio medíocre todos os dias). A fórmula é batida, mas ainda há um charme em nos reconhecer na personagem um pouco irritante que descobre que não é tão especial assim (mesmo que ela faça questão de lembrar o tempo todo que estudou em Juilliard). 

Crítica de cinema, membra da Abraccine, amazonense, 30+, ama novela mexicana

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