Cinema,  Críticas e indicações,  Filmes

[48ª Mostra de São Paulo] Luz Fantasma (Ghostlight)

Este texto faz parte da cobertura da 48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ocorre entre 17 e 30 de outubro. Publicado originalmente na newsletter para assinantes do financiamento coletivo do Feito por Elas. Para contribuir, assine aqui.

Luz Fantasma (Ghostlight, 2024, Ficção, cor, 115 min)

Direção: Alex Thompson e Kelly O’Sullivan

Sinopse: Dan, um trabalhador da construção civil de meia-idade, é um homem melancólico que precisa lidar com o sofrimento após uma tragédia familiar. Separado da esposa e da talentosa —porém problemática— filha, ele encontra algum conforto em uma companhia de atores amadores, juntando-se ao grupo durante a montagem teatral de baixo orçamento do clássico “Romeu e Julieta”, de William Shakespeare. Em busca de superação, Dan acaba se vendo forçado a encarar algumas de suas emoções mais profundas. Exibido no Festival de Sundance e no South by Southwest (SXSW).

Comentário: Não vou negar que o filme exige muita suspensão de descrença. Uma pessoa que NUNCA OUVIU FALAR EM ROMEU E JULIETA? Mesmo com as questões de classe postas, me parece impossível. (E aí também compartilho que me senti pessoalmente atacada quando a filha, para explicar do que se tratava disse que tinha um filme antigo. Achei que seria o do Zeffirelli, mas era o do Luhrmann 😂). E tem uma sobreposição excessiva de texto e subtexto às vezes distrai. Mas, dito isso, é daqueles filmes bonitos sobre “o poder transformador e curativo da arte”™. E me surpreendeu descobrir que o casal e a filha são um casal e filha na vida real também, então deve ser um projeto bastante pessoal pra eles. Talvez não seja o cinema mais inovador, mas emociona. 

Compartilhe
Share

Crítica de cinema, doutora em Antropologia Social, pesquisadora de corpo, gênero, sexualidade e cinema.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *