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[48ª Mostra de São Paulo] Os Tons Maiores (Los Tonos Mayores)

Este texto faz parte da cobertura da 48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ocorre entre 17 e 30 de outubro. Publicado originalmente na newsletter para assinantes do financiamento coletivo do Feito por Elas. Para contribuir, assine aqui.

Os Tons Maiores (Los Tonos Mayores, Argentina, Espanha, 2023, Ficção, cor, 101 min)

Direção: Ingrid Pokropek

Sinopse: Ana tem 14 anos e vive em Buenos Aires com o pai, Javier. Durante as férias de inverno, a garota começa a sentir vibrações misteriosas na placa de metal que tem no braço devido a um acidente que sofreu na infância. Com a amiga Lepa, ela passa a compor músicas com esses sinais. Mais tarde, porém, Ana descobre algo mais intrigante: as vibrações são, na verdade, palavras em código Morse. Obcecada em decifrar a mensagem, a jovem se afasta de Javier e Lepa. Vencedor dos prêmios de melhor filme ibero-americano e melhor atriz —para Sofía Clausen— no Festival de Málaga. Também foi exibido no Festival de Berlim.

Comentário: Existe uma certa ingenuidade juvenil na forma como os elementos narrativos são acionados. O braço que toca música, a música que é mensagem cifrada, a casa com luzes que piscam, as estrelas no céu. Nada precisa funcionar na lógica do realismo. O filme é leve, doce e engraçado. Como história de crescimento, foge dos dramas comuns, embora pudesse abordá-los na ausência da mãe, a namorada do pai, a melhor amiga que está com um menino, o milico acompanhado de outra… O foco é a gentileza e a aventura fantástica que vem de pistas a decifrar. Quem espera respostas completas vai se decepcionar.

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Crítica de cinema, doutora em Antropologia Social, pesquisadora de corpo, gênero, sexualidade e cinema.

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