Críticas e indicações

  • Cinema,  Críticas e indicações,  Filmes

    Rainha de Copas

    Anne (Trine Dyrholm) é uma bem sucedida advogada que trabalha em casos de violência contra menores. Casada com um médico, mãe de duas filhas gêmeas e moradora de uma imensa casa com grandes panos de vidro rodeada por um bosque, ela parece ter uma vida perfeita. Mas a chegada de seu enteado, o adolescente Gustav (Gustav Lindh), desestabiliza sua rotina. Gustav, que enfrenta problemas na escola, aceitou terminar o ano letivo morando com o pai. Mas o que ele traz para a vida de Anne é toda uma nova vivacidade que contrapõe sua rotina. Ela é invisível para seu marido e as interações entre os dois são de um distanciamento…

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    Filmes de grandes atrizes do cinema para ver pela internet

    Quando pensamos nas atrizes que entram para o panteão dos grandes nomes do cinema, muitas vezes vêm a nossa memória aquelas que trabalharam nas primeiras décadas da sétima arte. E não é por acaso, já que até a década de 1950, durante a era clássica de Hollywood e que se chama de Star System, ou Sistema de Estrelas, a maior parte dos papéis de destaque era conferido a elas e não a seus companheiros de tela. Depois desse período, os atores passaram a ter presença mais forte nas produções e às mulheres, muitas vezes, se delegou o papel de coadjuvantes. Separamos para vocês filmes com essas grandes divas do cinema…

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    Minha Lua de Mel Polonesa

    Fotos antigas que guardam recordações de antepassados que sequer conhecemos: assim começa o filme Minha Lua de Mel Polonesa. A diretora, Élise Otzenberger, que também roteirizou o filme, tem muito em comum com a protagonista, a francesa Anna (Judith Chemla). Assim como ela, é de família judia de origem polonesa e pouco sabe sobre eles, em virtude das vidas e histórias dizimadas durante o Holocausto. Anna, que é casada com Adam (Arthur Igual) e tem um bebê de um ano de idade, pede aos seus pais que cuidem da criança por alguns dias para que o casal viagem para a Polônia. A ideia é que tenham tempo para si, mas…

  • Cinema,  Críticas e indicações,  Filmes

    Bacurau

    Que roupa é essa menino? Spoilers moderados à frente Bacurau, dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, é significativo em meio ao cenário político brasileiro de 2019, retratando processos e atores sociais que são muito próximos de nossa realidade, mas moldando-os em um complexo e instigante hibridismo de gênero. A história se desenrola na cidadezinha também chamada Bacurau, no Oeste de Pernambuco. A localização não é por acaso, pois o faroeste (sertanejo) se desenrolará por ali. Longe demais das capitais, a população local está abandonada à sorte de um prefeito almofadinha, Tony Jr (Thardelly Lima) que só é capaz de lhes fornecer alimentos e medicações vencidos, alguns significativos caixões…

  • Críticas e indicações,  Filmes,  Notícias

    Filmes de diretoras brasileiras para ver direto na internet

    O cinema produzido no Brasil, mesmo enfrentando desvalorização, dificuldades e preconceitos, já provou que é capaz de nos entregar filmes de qualidade ímpar. A variedade de temas e propostas, a abordagem de questões sociais e políticas com profundidade e criatividade, além do estilo e da estética, são características que chamam a atenção de cinéfilos e críticos do mundo inteiro. Nosso cinema está sempre marcando presença em festivais internacionais, sendo, muitas vezes, reconhecido com prêmios importantes.  As diretoras brasileiras, claro, são essenciais nesse movimento. Elas são responsáveis por grandes filmes que falam diretamente com nossa sociedade e, ao mesmo tempo, projetam o Brasil e a arte cinematográfica nacional para o público…

  • Críticas e indicações,  Discos

    Julia Jacklin, “Head Alone”

    Convido vocês a conhecer o trabalho indie folk da cantora e compositora australiana Julia Jacklin a partir do videoclipe de “Head Alone”, faixa do mais recente disco dela, Crushing (2019), sucessor de Don’t let the kids win (2016). No plano sequência de pouco menos de 3 minutos (não parece haver cortes), a moça de vestido florido de época abraça um rapaz intensamente, 360 graus de abraço. Logo, ela se afasta com delicadeza, e não sem antes olhar pra trás uma última vez, sai pela rua, diante de um poético céu violeta, dá murrinhos no ar e corre dançando, cabelos ao vento, enquanto canta versos libertadores como “eu não quero ser…

  • Críticas e indicações,  Livros

    Clara Averbuck Toureando o Diabo

    A escritora gaúcha Clara Averbuck dedica seu sétimo livro “pras minas”. Scanners de agendas conferem suspeita verossimilhança ao relato em algumas das páginas em preto e branco, nas quais ela escreve sobre relações quase sempre efêmeras em metalinguagem irônica: “Eu vivo de fazer versões da vida que não são verdade, mas todo mundo acha que é diário, que é confessional. Quero ver chamar literatura de homem de confessional. Jamais aconteceu, né? Só mulheres têm pecado pra confessar”. Parceria com a ilustradora Eva Uviedo, “Toureando o Diabo” foi lançado em 2015 por financiamento coletivo – mas ainda restam exemplares raros na Estante Virtual.

  • Críticas e indicações,  Filmes

    XXY, de Lucía Puenzo

    Já ouviu nosso podcast sobre a diretora argentina Lucía Puenzo? O longa dela XXY (2007) está disponível na Netflix! No drama, a atriz Inés Efron vive Alex, intersexual que aos 15 anos mora com os pais (um deles vivido pelo Ricardo Darín), que lidam com os desafios de sua condição médica e a hostilidade enfrentada durante suas descobertas. O filme é muito pesado e difícil de ser assistido – costumamos preferir películas que retratam a sexualidade e especialmente questões de gênero de forma mais leve.

  • Críticas e indicações,  Filmes

    Era uma vez em Hollywood

    Tarantino sempre passa do ponto em algum momento. Mas apesar de todas as questões, da falta de falas pra fascinante Sharon Tate, continua valendo a pena. Fui pro cinema apenas com uma sinopse (muito mal escrita) e os teasers engraçadinhos que não pude evitar no insta. Margot estava felizinha demais, todo mundo numa vibe muito […] https://stephaniaamaral.wordpress.com/2019/08/15/era-uma-vez-em-hollywood/...

  • Cinema,  Críticas e indicações,  Filmes

    Rainhas do Crime (The Kitchen, 2019)

    A música da abertura do filme dita o tom da história: “this is a men’s world” brada a versão da melodia de James Brown. É o final na década de 1970, em Hell’s Kitchen, na cidade de Nova York. Nesse mundo dos homens, três mafiosos são presos em uma ação do FBI, deixando suas esposas Kathy (Melissa McCarthy), Ruby (Tiffany Haddish) e Claire (Elisabeth Moss) sem um resguardo financeiro. A primeira é a esposa amorosa e mãe de dois filhos; a segunda, vítima de violência doméstica; e terceira precisa lidar cotidianamente com o racismo da família de seu marido branco. A máfia a que pertenciam prometeu cuidar delas mas o…