Críticas e indicações

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    Sobre espaços de validação e exclusão

    A primeira vez que eu vim a São Paulo eu tinha 17 anos. Foi também a primeira vez que eu tinha saído do sul. Como fruto em parte de cidade pequena, em parte de roça, tudo o que eu vi me encantou. Mas uma experiência me marcou ainda mais que as demais: a visita ao MASP (Museu de Arte de São Paulo). Explico-me: as artes eram, já então, uma grande paixão minha. Eu passei algum tempo da minha pré-adolescência namorando aqueles grandes livros de capa dura que compilam as obras de artistas específicos. Sem condições financeiras para adquirir qualquer um que fosse, folheava-os na biblioteca da escola pública em que…

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    Uma Mulher Fantástica (Una Mujer Fantastica, 2017)

    Uma Mulher Fantástica (2017), de Sebastián Lelio.Marina Vidal (Daniela Vega, em atuação primorosa) é uma cantora que ganha a vida como garçonete. Transitando entre banheiros masculinos e femininos, é obrigada a lidar com a morte repentina do homem que amava e a sofrer na pele o preconceito por ser transgênero em acusações absurdas e desrespeito da família anterior dele. A protagonista é sempre fotografada com admiração e ornada pela direção de arte da minha quase chará Estefania Larrain.

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    The Fall

    Depois de marcar uma geração com Dana Scully, a protagonista de Arquivo X, Gillian Anderson volta a encarnar uma investigadora, dessa vez como a britânica Stella Gibson em The Fall. O seriado conta com três temporadas e foi criado por Allan Cubitt e dirigido por ele e Jakob Verbruggen. Embora realizado por homens, é Anderson quem brilha como a personagem de personalidade marcante, que leva sua vida profissional à sério sem com isso deixar a vida pessoal em segundo plano, mesmo sabendo que, solteira, tem sua liberdade sexual julgada por colegas de trabalho. O seu desafio agora é investigar uma série de crimes de natureza sexual cometidas por um serial killer claramente obcecado por mulheres, que…

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    A Vida Secreta das Abelhas (The Secret Life of Bees, 2008)

    Juro que não foi algo planejado, mas sem querer os dois filmes separados para indicação são levinhos. A Vida Secreta das Abelhas (The Secret Life of Bees, 2008), dirigido por Gina Prince-Bythewood, tem um grande elenco, encabeçado pela sempre maravilhosa (embora nem sempre nos melhores projetos) Queen Latifah e por Dakota Fanning, além de Jennifer Hudson, Alicia Keys, Sophie Okonedo e Paul Bettany. A trama foca em uma menina cuja mãe já faleceu e foge de seu pai abusivo, encontrando sororidade e cuidados maternos em uma casa habitada somente por mulheres. É um filme delicado, intenso e gostoso de assistir. 

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    Sintonia de Amor (Sleepless in Seattle, 1993)

    Sintonia de Amor (Sleepless in Seattle, 1993), dirigido por Nora Ephron, já é um jovem clássico dentre os romances  e mostra a história de Annie (Meg Ryan), que se apaixona pela imagem que cria para si de Sam (Tom Hanks) ao ouvi-lo em um programa de rádio. O filme já foi discutido (e problematizado) no nosso podcast sobre a diretora, mas por mais que apontemos problemas na obra, sempre vale a pena assisti-lo quando se precisa de algo leve. De preferência fazendo dobradinha com tarde Demais para Esquecer (An Affair to Remember, 1957), filme que o inspirou fortemente.

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    It: A Coisa (It, 2017)

    Como muitas avós já diziam, de boas intensões o inferno está cheio. It, nova adaptação do romance homônimo de Stephen King, é um bom exemplo do ditado popular. Inegavelmente bem realizado, dirigido por Andy Muschietti (de Mama) e com roteiro, entre outros, de Cary Fukunaga, o filme se desenrola com elegância, mas não consegue traduzir seu conteúdo para o século XX nem dar peso aos sustos que prepara. A história, que no livro ocorre na década de 1950, foi transferida para 1988, na cidade de Derry, como sempre no Maine, estado natal do escritor. O local é habitado por adultos apáticos, que, ao invés de lidarem com a dor, parecem querer esquecer…

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    Dicas Netflix Setembro

    Primeira sexta feira do mês, dia de selecionar algumas dicas da Netflix para vocês. Uma boa parte dos filmes listados entrou para o catálogo hoje, 1º de setembro. Optei por, dessa vez, listar apenas filmes desse século Minority Report- A Nova Lei (Minority Report, 2002) Babel (2006) Amelia (2008) Trovão Tropical (Tropical Thunder, 2008) Capitalismo: Uma História de Amor (Capitalism: A Love Story, 2009) Bravura Indômita (2010) Cloverfield: Monstro (Cloverfield, 2010) Ginger & Rosa (2012) Argo (2012) Cara Gente Branca (Dear White People, 2014) Tempestade de Areia (Sufat Chol, 2016) Bons filmes e até o mês que vem!

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    Filmes assistidos em Agosto

    Mais um mês que se passa e a contagem de filmes está cada vez menor. Calhamaços e calhamaços de textos para serem lidos toda semana prejudicam minha cinefilia. Mas vou tentando como é possível. Além dos filmes abaixo também assisti aos seriados Hot Girls Wanted Turned On (que é bacana, mas menos interessante que o documentário que o originou) e The Fall (que faltava ver a 3ª temporada e é muito bom) e comecei a 5ª temporada de House of Cards. Aliás, se quiser me acompanhar no TV Time, rede social para logar seus seriados assistidos, deixo aqui o link. Esse mês, vergonhosamente, também não escrevi nada. Cheguei a salvar…

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    Gypsy

    GYPSY é uma série da Netflix criada pela estreante Lisa Rubin, estrelada por Naomi Watts (Twin Peaks) e Sophie Cookson (Kingsman). A trama acompanha Jean/Diane, uma psicóloga que se envolve na vida de seus pacientes rompendo os limites éticos em um guilty pleasure de primeira com direito a momentos softporn lésbico. Os episódios têm várias mulheres na direção, como Sam Taylor-Johnson (de 50 Tons de Cinza – espero que não desistam por este detalhe), Victoria Mahoney (Grey’s Anatomy), Coky Giedroyc (Penny Dreadful), etc.

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    Amelia (2009)

    Amelia (2009), de Mira Nair, é uma cinebiografia motivacional e feel good, apesar de tudo. Hillary Swank interpreta Amelia Earhart, a primeira mulher a atravessar o Oceano Atlântico de avião. O filme ainda tem atuações de Richard Gere, como o empresário com quem Amelia manteve um relacionamento pouco convencional para a época, e Ewan McGregor. Apesar de alguns diálogos um tanto quanto expositivos, vale a pena pela força da personagem histórica