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Fallout (2024-)

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Esses tempos estreou no Prime Video o seriado Fallout (2014), criado por Geneva Robertson-Dworet e Graham Wagner e produzido por Jonathan Nolan. A histõria é baseada na série de videogames de mesmo nome, em que, após um apocalipse nuclear nos Estados Unidos, grupos de pessoas vivem em gigantescos bunkers, cada um testando uma forma de organização política e social diferente, para descobrir qual seria a sociedade ideal a ser adotada quando as pessoas voltassem para o lado de fora. Cada jogo se passa em um bunker diferente, com protagonistas e objetivos diferentes. 

Na versão para streaming, a personagem principal é Lucy MacLean, interpretada por Ella Purnell (de Yellowjackets, e portanto sempre passando trabalho para sobreviver). Ela tem uma vida pacata em um bunker em que pouca coisa fora do comum aparece, até que seu pai, Hank, o líder do local, interpretado por Kyle MacLachlan, é sequestrado por invasores externas. Em virtude desse acontecimento, ela resolve se arriscar com níveis de radiação duvidosos, humanos desumanizados e animais que passaram por mutações, buscando por ele na superfície e descobrindo que nem tudo que aprendeu enquanto crescia ptotegida com os seus correspondia à realidade.

Além da heroína, a série conta com outros dois protagonistas: Maximus (Aaron Moten), um órfão criado como soldado dentro de uma irmandade religioso-militar, e Cooper Howard (Walton Goggins), que 200 anos antes trabalhava como ator em filmes de caubói e sobreviveu à radiação virando uma espécie de mutante que vaga pelas paisagens desoladas. 

A classificação indicativa de 18 anos me fez pensar que a série iria por um caminho narrativo mais próximo de The Boys, com um tipo de violência estilizada que busca a comicidade. Mas, no final das contas, a abordagem trabalha bem o equilíbrio entre humor e violência e, apesar de algumas barrigas logo após os primeiros episódios, os protagonistas são simpáticos e a trama se desenvolve de maneira a prender bem a atenção. Não precisa ser conhecedor dos jogos para apreciar (eu mesma só conhecia o mascote e sequer sabia do que se tratava a história). A série funciona por conta própria, como um bom sci-fi com personagens carismáticos.  Vale uma maratona de fim de semana. 

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Crítica de cinema, doutora em Antropologia Social, pesquisadora de corpo, gênero, sexualidade e cinema.

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