Críticas e indicações,  Seriados

Maravilhosa Sra. Maisel

Também na sua terceira temporada, Maravilhosa Sra. Maisel está de volta na Amazon: a série de comédia sobre a dona de casa financeiramente privilegiada nos anos 1950 que descobre que o marido a está traindo e resolve fazer stand up comedy. Miriam (ou Midge, para os íntimos), Maisel retorna se preparando para passar uma temporada abrindo o show do cantor Shy Baldwin (interpretado por Leroy McClain e vagamente inspirado em Paul Anka, por quem a showrunner Amy Sherman-Palladino parece ter um apreço, pois era o nome do cachorro das protagonistas em Gilmore Girls, também dela). Com seu clima saudosista quase onírico, retratando uma Nova York irreal que nunca existiu, a série parece ter usado a temporada para se esquivar das críticas de que ignora os problemas de então, abordando, pela primeira vez, a segregação racial e a homofobia de maneira aberta, ao mesmo tempo em que demonstra como a personagem é autocentrada o suficiente para se mostrar ignorante sobre os temas. Abe (Tony Shalhoub) e Rose (Marin Hinkle), os pais de Midge continuam ótimos e ganham mais espaço na trama, assim como o comediante (da vida real) Lenny Bruce (Luke Kirby). Talvez menos regular que as temporadas anteriores, o seriado, mesmo assim, continua rendendo boas risadas.

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Crítica de cinema, doutora em Antropologia Social, pesquisadora de corpo, gênero, sexualidade e cinema.

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