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Presença (Presence, 2024)

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Presença é o novo suspense de Steven Soderbergh, cineasta que anunciou sua aposentadora em 2012, mas continua voltando para novos experimentos. E eu até me diverti assistindo, mesmo sendo pouco mais que isso: um experimento. A proposta é ser um filme de assombração. Uma família se muda para uma enorme e linda casa centenária.

A mãe (Lucy Liu) paparica o filho (Eddy Maday), um jovem que conseguiu uma vaga em uma boa escola nessa nova vizinhança por seu desempenho na natação. A filha (Callina Liang), introspectiva, acabou de perder a melhor amiga, morta em uma festinha, supostamente por overdose. Mas em seu quarto, dentro do armário, um vulto a espreita.

O filme é rodado usando câmera subjetiva que representa o olhar do fantasma. A gente vê, às vezes em planos longos, pelo olhar dele. Ele corre pela casa, sobe ou desce a escada e tenta se comunicar com a adolescente, mostrando, de alguma forma, a sua presença. Ela conta para a família e, com exceção do pai (Chris Sullivan), é claro que ninguém acredita. A brincadeira de nos colocar  durante o filme todo no olhar de um fantasma é divertida, apesar do roteiro ser um fiapo. Deve ser bom ter uma carreira “encerrada”, não precisar se preocupar com sucessos e chamar os amigos de vez em quando pra um rolezinho cinematográfico.

O filme (visto em cabine de imprensa) entrou em cartaz nos cinemas nessa quinta-feira, 03/04.

Crítica de cinema, doutora em Antropologia Social, pesquisadora de corpo, gênero, sexualidade e cinema.

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