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Ponto Oculto (Im toten Winkel, 2025)
Como a câmera conta uma história? Pode parecer uma reflexão bastante óbvia, pensando puramente na funcionalidade técnica do aparelho, de captar e registrar os acontecimentos encenados ou não. No entanto, Ayşe Polat propõe com Ponto Oculto mais uma análise de como o equipamento pode ser usado para manipular a linguagem. A primeira parte do longa, que é dividido em capítulos, serve como uma introdução, visto que os outros dois blocos conversam mais diretamente um com o outro. Neste início, a obra apresenta suas perspectivas e como se diferenciam, sem que ainda compreenda-se bem seus papeis narrativos. Essa relação vai se tornando mais clara conforme a história se desenrola, mas a…