Críticas e indicações,  Seriados

Watchmen

Os aclamados quadrinhos Watchmen, de Alan Moore, lançados em 1985, sobre um grupo de super-heróis em uma versão alternativa de nossa história, tiveram uma adaptação para o cinema pra lá de controversa em 2009, com direção de Zack Snyder. Agora é a vez serem levados para a televisão, mas dessa vez com outros personagens. O seriado Watchmen se passa em 2019, em um presente alternativo que é consequência do desfecho do livro, em 1985 (e o filme foi ignorado nessa cronologia). Nesse mundo, com o fim da Guerra Fria, promovido pelo ataque de uma suposta lula alienígena que uniu os países, os Estados Unidos elegeram, nos anos 90, um presidente que promoveu reparação histórica para aqueles que são descendentes de pessoas escravizadas. Em virtude da supremacia e do rancor com motivações raciais que se desencadearam desse acontecimento, policiais são autorizados a usar máscaras e o vigilantismo é permitido. É nesse contexto que trabalha a protagonista da série, Angela Abar, interpretada por Regina King. Ex policial que teve seus colegas assassinados em um crime motivado pelo racismo, hoje ela circula pelas ruas com o nome de Sister Night e uma longa capa com capuz. A série tem um roteiro esmerado, estabelecendo relações complexas e consequências dúbias. Com 5 episódios já no ar e uma temporada com 9 gravados, fico no aguardo por um desenrolar pelo menos interessante.

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Crítica de cinema, doutora em Antropologia Social, pesquisadora de corpo, gênero, sexualidade e cinema.

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