#52FilmsByWomen ano 3: a conclusão
Chego ao fim do meu terceiro ano de desafio #52FilmsByWomen (ou 52 Filmes por Mulheres). Comecei em 1º de outubro de 2015 e quanta coisa mudou de lá pra cá. Na minha vida pessoal, comecei um doutorado, com pesquisa em gênero (como no mestrado) e mudei de estado, dando continuidade ao meu nomadismo. Três anos atrás eu sentia que precisava conhecer mais obras cinematográficas com autoria feminina. O desafio, que consiste em assistir a um filme dirigido por uma mulher por semana durante um ano, totalizando 52, caiu como uma luva. Depois disso, em 2016, criei o Feito por Elas e a demanda por filmes dirigidos por mulheres se tornou ainda maior. Isso se reflete no resultado do desafio: no primeiro ano foram 72 longas assistidos, no segundo foram 91 e nesse terceiro foram (socorro!) 147. No total foram 310 filmes em três anos, número que sobe para 342 se computados os curtas-metragens.
Alguns dos filmes desse ano foram assistidos duas vezes nesse período e computados apenas uma vez, com Visages Villages (2017, Agnès Varda), Praça Paris (2017, Lúcia Murat) e As Boas Maneiras (2017, Juliana Rojas e Marco Dutra). Outros foram revisões, muitos deles para podcasts, como Orlando (1992, Sally Potter), Operação Cupido (The Parent Trap, 1998, Nancy Meyers), Aquário (Fish Tank, 2009, Andrea Arnold), Tomboy (2011, Céline Sciamma) Precisamos Falar sobre o Kevin (We Need To Talk About Kevin, 2011, Lynne Ramsay) e Money Monster (2016, Jodie Foster), entre outros
Esse ano pude conhecer mais dos trabalhos de Andrea Arnold e Lynne Ramsay, que passaram a integrar a listinha de minhas diretoras preferidas. Pude entrevistar Juliana Rojas, Gabriela Amaral Almeida e Fernanda Pessoa, cineastas incríveis. Também conheci mais de Kelly Reichardt, Dee Rees e Deepa Mehta. Revi filmes que me marcaram e conheci novos. Sigo com o desafio rumo a 2019, porque o que ele me proporciona é uma diversidade de narrativas que eu não acessava antes de fazê-lo.
Novamente vou listar aqui os 15 filmes que mais gostei de ter visto pela primeira vez. Estão ordenados cronologicamente, porque sou incapaz de ranqueá-los. Como algumas diretoras se destacaram no meu coração, também optei por só incluir um de cada uma (Varda é uma exceção mas ela pode).
Melhores filmes (ordem cronológica):
As Duas Faces da Felicidade (Le Bonheur, 1965), de Agnès Varda
Earth (1998), de Deepa Mehta
O Lixo e o Sonho (Ratcatcher, 1999), de Lynne Ramsay
Megane (2007), de Naoko Ogigame
Lírios d’água (Naissance des pieuvres, 2007), de Céline Sciamma
Wendy and Lucy (2008), de Kelly Reichardt
Docinho da América (American Honey, 2016), de Andrea Arnold
Professor Marston e as Mulheres-Maravilhas (Professor Marston and the Wonder Women, 2017), de Angela Robinson
Mulheres Divinas (Die göttliche Ordnung, 2017), de Petra Biondina Volpe
Lady Bird: A Hora de Voar (Lady Bird, 2017), de Greta Gerwig
As Boas Maneiras (2017), de Juliana Rojas e Marco Dutra
A Festa (The Party, 2017), de Sally Potter
Animal Cordial (2017), de Gabriela Amaral Almeida
Marvin (Marvin ou la belle éducation, 2017), de Joan Fontaine
O Conto (The Tale, 2018), de Jennifer Fox
Melhores documentários:
Os Catadores e Eu (Les glaneurs et la glaneuse, 2000), de Agnès Varda
Le Bleus: une autre histoire de France (2016), de Sonia Dauger e David Dietz
Lampião da Esquina (2016), de Lívia Perez
Meu Corpo, Minha Vida (2017), de Helena Solberg
Visages, Villages (2017), de Agnès Varda
Operações de Garantia da Lei e da Ordem (2017), de Júlia Murat
Histórias que Nosso Cinema (Não) Contava (2017), de Fernanda Pessoa
Bombshell: The Hedy Lamarr Story (2017), de Alexandra Dean
Chega de Fiu-Fiu (2018), de Fernanda Frazão e Amanda Kamancheck
O Processo (2018), de Maria Augusta Ramos
Mais uma vez essa foi ótima experiência. A lista completa de filmes vistos esse ano está disponível no Letterboxd, assim como as lista do primeiro e do segundo ano. O mesmo ocorre com a avaliação do primeiro e do segundo ano aqui no Estante da Sala. Que venha o ano quatro!
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