A LIXXXTA
Nota: Bom pessoal, vocês vão notar a partir de agora umas mudanças neste blog. Temos um pouco de tudo aqui, na maioria das vezes vocês encontram críticas sobre filmes que assisto em cabines de imprensa, um livro ou disco ou outro (já que posto todo dia no @discosdaste). Temos até amostras de assuntos mais pessoais (como crônica sobre corte de cabelo com um barbeiro demoníaco, reminiscências do antigo Cartasacris), meu primeiro e único conto, O Sítio do Corvo Negro, escrito em 2005, além de coberturas de eventos como minha visita ao Cabaret Glory Box, ao Minas Trend Preview e uma apreciação de um desfile A costura do invísivel do estilista Jum Nakao que só assisti pelo Youtube (ambos na época em que eu estudava moda). Agora vou começar a incluir artigos mais calientes, digamos assim, em parceria com o Blog da Sexy28 (tô me sentindo a Carrie Bradshaw de Sex and the City, gente!)
Vou começar os trabalhos resgatando uma ideia que tive ao final do ano passado e por motivos de Dirce (escrita da dissertação do mestrado) ainda não coloquei em prática. Apenas alguns amigos seletos – optei por não chamar meus colegas de profissão pra ser algo fresco mesmo e não deixar ninguém acanhado – receberam a lixxxta em seus e-mails, mas ainda não fomos capazes de iniciar as discussões mensais online (quem sabe se apertarmos um pouco em quinzenais?). A vontade surgiu a partir do meu interesse em abordar cinema relacionado ao eros escrevendo um “tesão” XD num futuro doutorado – não sei quando bolsas de estudo voltarão a ser possíveis – pra ir “esquentando” o corpus até lá, porque sou dessas! O eros não chega a ser pornô, não que eu me oponha ao último, inclusive apesar de muitas problematizações não posso evitar, mantenho minhas ídolas pornógrafas Stoya e Sasha Grey.
Pensei em começarmos já com clima pesado e muito drama em Ninfomaníaca – Volume 1 e Volume 2 (2013), do Lars von Trier. Atmosfera dada, passamos para o extremamente gráfico LOVE (2015), de Gaspar Noé – vi na telona com meu ex numa fase tensa nossa, só achei uma pena não termos assistido em 3D!
Claro que eu colocaria na lista o melhor filme já feito, Persona (1966), do Ingmar Bergman, que apesar de não ter nenhuma cena digamos “imprópria para mães”, tem um dos monólogos mais pictóricos da sétima arte (atuação louvável da Bibi Andersson, atriz que perdemos esse ano), cena que tem uma conversa semelhante no excelente romance Take this Waltz – Entre o Amor e a Paixão (2011), escrito e dirigido pela incrível Sarah Polley. A faixa título do Leonard Cohen tem papel fundamental na trama e uma sequência sexual em 360° toda pra ela! Crash: Estranhos Prazeres (1996), de um dos meus Davids da santíssima trindade cinéfila, o Cronenberg – não confundir com o Crash: No Limite (2004) vencedor do Oscar – é simultaneamente excitante e perturbador. Pensa: fetiche por acidentes automobilísticos? Não fosse repetir o James Spader eu incluiria Secretária (2002), do desconhecido Steven Shainberg , reflexão sobre sadomasoquismo e liberdade encarnada na pele da estupenda atriz Maggie Gyllenhaal.
Henry & June: Delírios Eróticos (1990), de Philip Kaufman, resgata a obra da escritora erótica mor, Anaïs Nin, com atuações infelizmente pouco assistidas da Uma Thurman (fora o figurino vintage, maravilhoso!). O povo contra Larry Flynt (1996), de Milos Forman, foi um dos primeiros filmes que me pegou nesse sentido (tirando os Cine Privé, claro! PS: Tenho quase certeza que passaram Boogie Nights: Prazer sem Limites (1997) do Paul Thomas Anderson na Band nessas madrugadas…) ainda mais porque tem a Courtney Love, que sou muito fã desde a pré-adolescência, no papel da pornógrafa vidaloka Althea.
Desejo e Obsessão (2001), da Claire Denis (marcando presença com mais um nome de diretora foda aqui, afinal sou do Feito por Elas!) entra não só no campo do erótico mas do horror. Um literal (e amoral) banho de sangue para o qual muitos certamente não estão preparados. E o que dizer de Cidade dos Sonhos (2001), do meu queridão David Lynch? Onirismo (e onanismo) puros, desconstrução e… para não fugir da pauta, uma relação complexa e fodástica entre o casal lésbico talvez mais lindo do mundo formado pelas deusas Naomi Watts, Laura Harring. Perfeição define! Voltando um pouco no tempo temos ainda A Bela da Tarde (1967), do outro surrealista Luis Buñuel, com a maravilhosa Catherine Deneuve em seu auge flertando com sonhos BDSM e pouco depois de materializar em seu corpo Repulsa ao Sexo (1965), pesadelo abusivo nas telas. Por falar no polêmico e odiado Roman Polanski, escolho Lua de Fel (1992), longa com direito a golden shower – checar se real ou imaginário – e fecho com Os sonhadores (2003) – Helloooo Eva Green e threesome!), de Bernardo Bertolucci, também responsável pelo fabuloso e terrivelmente sexy Beleza Roubada (1996), com Liv Tyler. Ufa! Espero ter apimentado a relação – ou ao menos o fim de semana – de vocês com essas dicas cinematográficas!
PS: Confira ainda esta ótima lista de filmes sensuais na Netflix (para assistir com o parceiro – ou não), incluindo meu amado Segundas Intenções (1999), com uma das trilhas sonoras mais impecáveis, que me apresentou bandas como Placebo e Skunk Anansie. Por falar em músicas envolventes, no momento deixo tudo nas mãos do álbum “Music to make love to your old lady by”, do Lovage, um dos milhares e melhores projetos do Mike Patton, ao lado de Jennifer Charles. Eu sou uma viciada em música e quem me acompanha no @discosdaste sabe e este foi o disco mais ouvido por mim no ano passado! Ainda assim, aguardem posts sobre músicas (supostamente) para ouvir juntos na hora H muito em breve!
Queijos da Stê