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    Heroína(s) (Heroin(e), 2017)

    Mais um original Netflix, Heroína(s), dirigido por Elaine McMillion Sheldon é um dos indicados ao Oscar de melhor documentário curta-metragem esse ano. Nele acompanhamos a rotina de três mulheres: uma bombeira socorrista, uma juíza e uma missionária, lidando com as consequências do uso de drogas em sua comunidade, uma das regiões mais afetadas pelo problema nos Estados Unidos. Sem moralismo, mostra na força do trabalho delas a necessidade do amparo social e do cuidado médico em detrimento de respostas geralmente utilizadas na “guerra às drogas”, que mais se pautam em papel midiático. Dessa forma, os fatores humanos são trazidos ao espectador de maneira eficiente, dada a curta duração

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    Os Filhos da Meia-Noite (Midnight Children, 2012)

    Recentemente, em nosso programa sobre a cineasta Deepa Mehta, conversamos sobre seu filme Earth (1998), que aborda a questão da partição da Índia, que separou uma parte de seu território para a criação do Paquistão. Os Filhos da Meia-Noite, também da diretora, tem seu pontapé inicial no mesmo evento. Adaptado do romance de Salman Rushdie, acompanha a vida de um rapaz que nasceu à meia noite do dia da independência do país, filho de uma artista de rua. A enfermeira trocou-o com o bebê nascido exatamente no mesmo momento, de pais ricos, desejando que aquela criança tivesse acesso ao conforto que lhe seria negado de outra forma. Mas dessa forma condenou o…

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    Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississipi (Mudbound, 2017)

    Com direção de Dee Rees, o drama é centrado em dois soldados, um negro e um branco, que retornam a suas casas depois da 2ª Guerra Mundial e precisam voltar a se encaixar nas rotinas familiares, com pessoas que não vivenciaram os mesmos horrores que eles. A terra, e pertencimento e o racismo são os temas que se destacam. O filme foi indicado ao Oscar de melhor roteiro adaptado (por Dee Rees, que se tornou a 1ª mulher negra indicada na categoria), melhor atriz coadjuvante, melhor canção original (ambas Mary J. Blige) e melhor fotografia (Rachel Morrison, 1ª mulher indicada em 90 anos de premiação)

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    Sem Amor (Loveless, 2017)

    Postado originalmente em 9 de novembro como parte da cobertura da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo .  Vencedor do Prêmio do Júri em Cannes e candidato da Rússia a uma vaga para o Oscar de melhor filme estrangeiro, Loveless, dirigido por Andrey Zvyagintsev, tem muito a dizer sobre as relações entre pessoas naquele país e a situação dele mesmo. Zhenya (Maryana Spivak) e Boris (Aleksey Rozin) estão se divorciando. Ela já tem um namorado mais velho e bem de vida, que mora em um apartamento grande e moderno; e ele arrumou uma namorada mais jovem, que está grávida e mora em um apartamento apertado com sua mãe. O apartamento…

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    9 anos de Estante da Sala

    Eis que o Estante da Sala chegou ao 9º aniversário! No dia 5 de fevereiro de 2009 eu publiquei o primeiro post: uma receita de massa caseira de pizza. Quê? Como assim? Bom, quem acompanha esse espaço por mais tempo sabe que esse nome veio porque eu queria escrever sobre um pouco de tudo: compilar minhas receitas, escrever sobre o que estava lendo, jogando, assistindo, enfim, sobre o que passasse pela cabeça. Até tutorial de costura eu planejei fazer. Foram idas e vindas nesse bloguinho descompromissado e períodos mais ou menos ativos. Depois de todo esse tempo praticamente só sobrou o cinema e um ou outro livro pontual. O primeiro…

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    Filmes assistidos em janeiro

    Socorro que já acabou o primeiro mês do ano! Estou com leituras atrasadas para a tese e pensando seriamente em não escrever sobre nenhum dos indicados ao Oscar dessa vez. Que peso na consciência! Falando em Oscar, resolvi fazer o desafio de ver todos os filmes vencedores na categoria “Melhor Filme” (#ProjetoBestPicture) e talvez rever uns que já vi há muito tempo. Bom, nem bem comecei e já estou falhando miseravelmente, atrasada em uns três filmes. Também voltamos das férias de gravação do Feito por Elas e por isso já começamos o ano vendo e revendo os trabalhos de algumas diretoras. Fora esses filmes listados, assisti à 4ª temporada de…

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    Visages Villages (2017)

    Postado originalmente em 3 de novembro como parte da cobertura da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo  Agnès Varda é sem dúvida uma figura cativante. Aos 89 anos, dos quais mais de sessenta foram dedicados ao cinema, a diretora vive uma fase de reconhecimento pleno e foi homenageada com um Oscar honorário por sua trajetória, fato que ironiza, uma vez que mesmo esse seu filme mais recente foi realizado através de financiamento coletivo, como pode ser conferido logo nos agradecimentos dos créditos de abertura. E agora esse mesmo filme foi indicado na categoria de Melhor Documentário, sua primeira indicação ao Oscar. Mas a incansável senhora de cabelo bicolor é…

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    Professor Marston e as Mulheres-Maravilha (Professor Marston and the Wonder Women, 2017)

    Em um ano em que o filme da heroína Mulher-Maravilha se tornou sucesso de crítica e de bilheteria, alçando sua diretora, Patty Jenkins, ao panteão das pessoas que tem acesso a grandes orçamentos, outra película, que retrata justamente a gênese da personagem, passou paticamente batida. Professor Marston e as Mulheres-Maravilha conta uma história baseada em fatos reais sobre o psicólogo e professor universitário que lhe dá nome (Luke Evans), bem como a sua esposa Elisabeth (Rebecca Hall, fantástica no papel). Ambos se envolvem com Olive Byrne (Bella Heathcote), uma das alunas dele e o relacionamento poliamoroso, um escândalo para a época, leva a sua demissão. Morando juntos, descobrem o BDSM e passam a…

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    As Sufragistas (Suffragette, 2015)

    Recente adição ao catálogo da Netflix, o filme As Sufragistas (Suffragette, 2015), dirigido por Sarah Gavron, aborda o movimento britânico pelo sufrágio universal. A protagonista, Maud Watss, interpretada por Carey Mulligan, é uma mulher da classe operária que se junta ao grupo de militância em busca de seus direitos. O filme peca ao ignorar todo o contexto de militantes que não eram brancas existentes na época e amplamente documentadas, mas ainda assim traça um panorama interessante sobre aquele contexto histórico. É uma ótima dobradinha com Mulheres Divinas (Die göttliche Ordnung,2017).

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    O Motorista de Taxi (Taeksi Woonjunsa, 2017)

    Postado originalmente em 9 de novembro como parte da cobertura da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo O candidato sul-coreano a uma vaga no Oscar de 2018, dirigido por Hoon Jang, é baseado na história real do massacre de Gwangju, ocorrido em 1980 na cidade de mesmo nome. O levante lutava pela democracia, contra o ditador Chun Doo-hwan, mas a mídia local ocultava os acontecimentos, enquanto o exército reprimia violentamente os manifestantes. Peter (Thomas Kretschmann), um jornalista alemão, entre no país vindo do Japão, se passando por missionário, com a proposta de filmar o que aconteceu e levar essas imagens ao mundo. Para isso ele precisa de um motorista que…