Cineclube Feito por Elas #09 Dorothy Arzner: Pioneira
Cineclube Feito por Elas
O Cineclube Feito por Elas, idealizado pela crítica de cinema e pesquisadora Isabel Wittmann, tem como proposta ser um espaço de discussão e aprendizado de cinema. A facilitadora é doutora em Antropologia Social pela USP, com pesquisa em gênero e sexualidade no cinema, atua como crítica de cinema há mais de 10 anos e ministra cursos na área, atendidos por mais de mil alunos. O cineclube funciona como um curso contínuo onde serão abordadas história e linguagem de cinema, bem como questões sobre corpo, gênero e sexualidade, em uma perspectiva queer e feminista, abarcando filmes clássicos e contemporâneos.
Formato
- Todo mês acontecerão dois encontros, para discutir dois filmes diferentes compondo um mesmo ciclo temático.
- Os encontros acontecem às quartas-feiras, na segunda e na quarta semana de cada mês, às 19:30 (horário de Brasília), e têm pelo menos 2h de duração, por meio de plataforma online Zoom.
- O encontro prevê um momento expositivo, com explicação sobre contexto histórico, temas e linguagem dos filmes escolhidos, mas também espaço para perguntas, comentários e conversa aberta sobre as obras.
- As sessões acontecem ao vivo, mas também ficam gravadas e disponíveis para quem se inscrever por duas semanas, até o próximo encontro.
- Caso seja necessário, material complementar, como textos e vídeos, serão fornecidos com antecedência.
- Todas as pessoas inscritas podem participar de um grupo exclusivo no telegram (opcional), que funciona como uma extensão da conversa durante o encontro.
Ciclo #09 Dorothy Arzner: Pioneira
Única cineasta trabalhando em Hollywood em certo período dos anos 30 e 40, Arzner foi responsável enormes sucessos da época e colaborou com o lançamento da carreira de diversas atrizes. Seu cinema de dramas intensos e protagonistas fortes foi revisitado por teóricas feministas décadas depois. Teresa de Lauretis viria a escrever em 1985 que ela “revelou as regras e as relações de poder que as constituem e são, por sua vez, sustentadas por elas”. Grandes atrizes, cinemão hollywoodiano da melhor qualidade e uma diretora que nem sempre é lembrada entre os grandes nomes da história do cinema. Esse é o momento de conhecer a obra dessa pioneira do cinema.
1º Encontro:

Assim Amam as Mulheres (Christopher Strong, 1933), de Dorothy Arzner
10/12 às 19:30
Lady Cynthia Darrington (Katherine Hepburn é uma jovem aviadora muito comprometida com o trabalho. Contudo, sua vida vai ter uma guinada quando ela se apaixona por um homem casado.
2º Encontro:

A Vida é uma Dança (Dance, Girl, Dance, 1940), de Dorothy Arzner
17/12 às 19:30
Judy O’Brien (Maureen O’Hara) é uma promissora bailarina que aceita ser coadjuvante de Bubbles (Lucille Ball), colega da companhia de dança que decidiu seguir carreira com dança de teatro de variedades. As diferenças entre as duas se intensificam quando elas se apaixonam pelo mesmo homem.
Investimento
O ciclo mensal do cineclube tem um investimento de R$45,00. O pagamento pode ser feito para o pix contato@feitoporelas.com.br e o comprovante enviado para o mesmo e-mail. Para pagamento em cartão e parcelamento use o Sympla nesse link (a plataforma inclui taxa).
Sobre Isabel Wittmann
Escrevendo sobre cinema desde 2009, Isabel Wittmann é crítica de cinema, antropóloga e pesquisadora. Seu mestrado, em Antropologia Social, foi realizado na Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e seu doutorado, também em Antropologia, foi feito na Universidade de São Paulo (USP) e incluiu um estágio doutoral realizado no curso Antropologia e Linguaggi dell’Immagine da Università degli Studi di Siena. A pesquisa realizada resultou na tese Feminilidades maquínicas: gênero, sexualidade e corpo de mulheres artificiais no cinema fantástico. Sua trajetória como crítica começou com o Estante da Sala, um blog pessoal, e depois de experiência como colunista e podcaster em outro veículo, criou o site Feito por Elas em 2016, com o objetivo de discutir e divulgar a presença de mulheres na sétima arte e seus resultados. Seu trabalho inclui elaboração de críticas (em texto e em áudio), bem como ensaios, entrevistas e coberturas de festivais e tem se concentrado em questões de gênero e sexualidade (mas não somente) no cinema, partindo de referencial teórico feminista e queer, com contribuições para esse campo por meio de artigos e capítulos em publicações acadêmicas e não acadêmicas, bem como ministrando cursos. Mais de mil e duzentas pessoas já foram alunas de seus cursos, sejam online ou presenciais. É membra da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), da Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci), integrante do Grupo de Antropologia Visual (GRAVI) no Laboratório de Imagem e Som em Antropologia (LISA-USP) e votante internacional do prêmio Globo de Ouro.


