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Laços de Ternura
Às vezes tudo que a gente precisa é de um bom filme recheado de atrizes incríveis trazendo o melhor de sua atuação: é tipo uma confort food cinéfila. Lembro de ter assistido a Laços de Ternura (Terms of Endearment, 1983) há uns bons 20 anos ou mais atrás, mas não tinha muitas recordações sobre ele. Dirigido por James. L. Brooks, ele trata da relação ao logo dos anos de uma mãe e uma filha. A primeira, Aurora Greenway, interpretada por Shirley MacLaine, rodeada por babados, é um tanto rígida consigo mesma e despista o flerte de diversos homens que a rodeiam. Mas certo dia aceita o convite para almoçar feito por seu vizinho, um astronauta que…
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Les Bleus – Uma outra História da França 1996-2016
A Copa do Mundo de Futebol Masculino acabou e com ela a graça de ver futebol todo dia. Mas pra quem está com saudade do esporte, vou recomendar um documentário (que no final fica recomendado para quem não está também, afinal, ao contrário do que disse certo comentarista esportivo, futebol e política se misturam, sim). O filme é Les Bleus – Uma outra História da França 1996-2016, dirigido por Sonia Dauger, Pascal Blanchard e David Dietz. Ele aborda as relações entre a seleção francesa de futebol e questões políticas, especialmente étnico-raciais. O futebol é usado como uma ferramenta para a reflexão sobre a complexidade racial do país. Apelidada de black-blanc-beur (negra-branca-árabe, em tradução livre)…
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Um Dia (One Day, 2011)
[off topic pero no mucho: toda vez que pesquiso filmes dirigidos por mulheres na Netflix, fico surpresa com a quantidade de romances! São filmes que nem ouvimos falar, não ficamos sabendo da produção e ao mesmo tempo uma maioria tão grande em um só gênero é curioso, não é?] A dica da semana é o filme Um Dia (One Day, 2011) dirigido pela dinamarquesa Lone Scherfig, cujo Educação teve três indicações ao Oscar em 2010. Trata-se da história de Em (Anne Hathaway) e Dexter (Jim Sturgess), que passam a noite de sua formatura juntos e se reencontram nesse mesmo dia nos anos seguintes. Nesse meio tempo suas vidas mudam e eles se afastam. Não…
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Sense8: o final
[Esse texto foi originalmente postado na newsletter quinzenal enviada para madrinhas e padrinhos do Feito por Elas, em 10/06/2018, na sessão de recomendações do que assistir na Netflix]. Nem comecei a escrever e já estou com vergonha (não-alheia, própria mesmo). Acabei de ver o episódio final de Sense8, seriado criado pelas irmãs Wachowski e que será a indicação da Netflix dessa quinzena. E com “acabei” quero dizer acabei mesmo, só saí da frente da TV e peguei o computador. Ainda tem lágrimas correndo no meu rosto. Costumo me apegar demais a seriados quando me envolvo com os personagens. Lembro o tanto que chorei, deitada no sofá, ainda na casa dos meus…
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Hard Knock Wife
Dessa vez a dica é da Netflix mas não é filme nem série. Eu não sei você, mas não tenho muito hábito de assistir stand up comedy, embora já tenha tentado ver alguns. Mas há alguns anos a Netflix me sugeriu assistir Baby Cobra, apresentação da comediante Ali Wong, e gostei bastante, com algumas ressalvas. Agora ela está de volta com mais um show, chamado Hard Knock Wife. Ali, que é sino-vietnamita-americana, não se furta a fazer piadas sobre estereótipos raciais, ainda fala, como no programa anterior, sobre sua vida sexual, mas dessa vez o foco de seus comentários mordazes recai em casamento e em maternidade, já que de lá pra cá…
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Versões de um Crime (The Whole Truth, 2016)
Versões de um Crime é um drama de tribunal sobre uma mulher, Loretta (interpretada por Renée Zellwegger) cujo filho foi acusado de matar o próprio pai. O advogado da família, Ramsey (Keanu Reeves) defende o rapaz, juntamente com uma advogada mais jovem, Janelle (Gugu Mbatha-Raw). O filme não é um primor, mas é repleto de reviravoltas que deixam quem está assistindo hipnotizado pelo que acontece em cena. A direção é de Courtney Hunt, que ficou conhecida com o sucesso independente Rio Congelado (Frozen River, 2008).
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Julie & Julia (2009)
Em Julie & Julia, Amy Adams e Meryl Streep protagonizam umacomédia romântica “deliciosa” (com o perdão do trocadilho) sobre suas experiências culinárias compartilhadas ora em livros de receitas ora em um blog pessoal. Também já gravamos um Podcast sobre a diretora Nora Ephron!
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McFarland dos EUA (McFarland, USA, 2015)
Na trama de McFarland dos EUA, após perder o emprego, o treinador Jim White muda com sua família para uma cidade da Califórnia em que descobre e incentiva o potencial de seus novos alunos. Comentamos o filme com Kevin Costner – bem como outros longas – no nosso Podcast sobre a diretora Niki Caro.
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Aniquilação (Annihilation, 2018)
O mais novo filme de Natalie Portman é Aniquilação, dirigido por Alex Garland, o diretor talentoso de Ex-Machina. Natalie está muito bem como a protagonista Lena, uma bióloga que se junta ao grupo de mulheres disposto a investigar e conter o avanço do que seria uma anomalia alienígena no nosso planeta, mantida em segredo (claro!) pelo governo. Cada uma dessas mulheres são especialistas em suas áreas científicas – Psicologia, Física, Paramedicina e Geomorfologia – e possuem personalidades bastante distintas. Apesar de alguns diálogos expositivos e um clichezinho ou outro de filmes de grupo, a trama segue variando bons momentos de tensão, suspense, terror e ação, além de, inteligentemente, nos fazer pensar…
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Heroína(s) (Heroin(e), 2017)
Mais um original Netflix, Heroína(s), dirigido por Elaine McMillion Sheldon é um dos indicados ao Oscar de melhor documentário curta-metragem esse ano. Nele acompanhamos a rotina de três mulheres: uma bombeira socorrista, uma juíza e uma missionária, lidando com as consequências do uso de drogas em sua comunidade, uma das regiões mais afetadas pelo problema nos Estados Unidos. Sem moralismo, mostra na força do trabalho delas a necessidade do amparo social e do cuidado médico em detrimento de respostas geralmente utilizadas na “guerra às drogas”, que mais se pautam em papel midiático. Dessa forma, os fatores humanos são trazidos ao espectador de maneira eficiente, dada a curta duração