Críticas e indicações,  Seriados

Transparent

Transparent chegou ao seu fim. Eu já havia indicado o seriado em uma edição anterior da newsletter (o texto pode ser lido aqui) e confesso que não tive tempo ainda de ver esse finale. Masacompanhar a jornada dos Pfefferman tem sido de uma beleza agridoce: cada um em busca de seu auto-conhecimento e de seu lugar e todos do pertencimento que é a família. Criada por Jill Solloway, uma pessoa não-binária que escreve e dirige uma parte dos episódios, conta a história de Maura, uma mulher transgênero de 60 anos, sua ex-esposa Shelly, e os filhos Sarah, Josh e Ali. Essa última, muitas vezes lida como alter-ego de Jill, passa pela própria caminhada de entendimento sobre si. Além de gênero, sexualidade também é tema recorrente, mas as questões familiares, especialmente de ancestralidade, ligadas ao judaísmo da família, também tem grande espaço. A melancolia é a tônica, mas sempre há momentos de doçura. A série é vencedora de 3 Globos de Ouro e 8 Emmys, além de outro tanto de indicações e vale a pena correr atrás, afinal são apenas quatro temporadas, com 10 episódios cada, e o encerramento é um filme.

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Crítica de cinema, doutora em Antropologia Social, pesquisadora de corpo, gênero, sexualidade e cinema.

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