Cinema,  Críticas e indicações,  Filmes

#52FilmsByWomen ano 4: a conclusão

Terminei o meu quarto ano do desafio #52FilmsByWomen, que dei início em 1º de outubro de 2015 e renovei em todos os 1ºs de outubro seguintes. O desafio consiste em assistir a um filme dirigido por uma mulher por semana durante um ano, totalizando 52. Quatro anos atrás eu queria conhecer o trabalho de mais diretoras que ainda não conhecia. Hoje eu vejo o quanto aprendi e quantas diretoras ainda quero conhecer. No começo eu pesquisava e procurava cada filme que assistiria. Com a criação do Feito por Elas, em 2016, eles passaram a vir no fluxo das pautas escolhidas. Hoje eu nem preciso mais procurar os filmes: eles vêm até mim em virtude do trabalho, mesmo. No primeiro ano foram 72 longas assistidos, no segundo foram 91 e nesse terceiro foram 147. Nesse quarto ano o doutorado me demandou mais e precisei reduzir o ritmo. Se não me perdi nas contas, foram 130 filmes dirigidos por mulheres a que assisti. Ainda assim são 440 filmes vistos ao longo do desafio. Nessa conta só entram os longas, embora os curtas também estejam sinalizados na tag que uso no Letterboxd para me localizar.

Pude conhecer o trabalho da Lina Wertmüller e ver mais da Věra Chytilová. Entrevistei novamente a Gabriela Amaral Almeida e também Julia Katharine, Helena Ignez e Alice Riff. Também conheci mais de Marília Rocha, Barbara Hammer e Helena Solberg. Revi filmes que me marcaram e conheci novos. Sigo com o desafio rumo a 2020, descobrindo novos filmes e narrativas diversas.

Novamente vou listar aqui os 15 longas ficcionais e 10 documentais que mais gostei de ter visto pela primeira vez. Estão ordenados cronologicamente, porque sou incapaz de ranqueá-los. Como algumas diretoras se destacaram no meu coração, também optei por só incluir um de cada uma em cada categoria. Essa ano foram poucos filmes que não são recentes ou lançamento, isso porque os mais antigos quase todos foram revisões, para gravar podcast no Feito por Elas. Os links nos títulos levam às respectivas críticas ou aos podcasts sobre eles. A lista completa dos filmes no Letterboxd está aqui.

Melhores filmes ficcionais (ordem cronológica):

As Aventuras do Príncipe Achmed (Die Abenteuer des Prinzen Achmed, 1926), de Lotte Reiniger e Carl Koch

Algo Diferente (O Necem Jinem, 1963), de Věra Chytilová

Mimi, o Metalúrgico (Mimì metallurgico ferito nell’onore, 1972), de Lina Wertmüller

Conhecendo o Grande e Vasto Mundo (Познавая белый свет, 1980), de Kira Muratova

Sita Sings the Blues (2008), de Nina Paley

O Médico Alemão (Wakolda, 2013), de Lucía Puenzo

Almofada de Alfinetes (Pin Cushion, 2017), de Deborah Haywood

Poderia me Perdoar? (Can You Ever Forgive Me?, 2018), de Marielle Heller

O Mau Exemplo de Cameron Post (The Miseducation of Cameron Post, 2018), de Desiree Akhavam

A Portuguesa (2018), de Rita Azevedo Gomes

A Sombra do Pai (2018), de Gabriela Amaral Almeida

Mormaço (2018), de Marina Meliande

Fora de Série (Booksmart, 2019), de Olivia Wilde

A Música da Minha Vida (Blinded by the Light, 2019), de Gurinder Chadha

Rainha de Copas (Dronningen, 2019), de May el-Toukhy

Melhores documentários:

Nitrate Kisses (1992), de Barbara Hammer

A Falta Que Me Faz (2009), de Marília Rocha

Jonas e o Circo Sem Lona (2015), de Paula Gomes

Cameraperson (2016) de Kirsten Johnson

A Valsa de Waldheim (Waldheims Walzer, 2018), de Ruth Beckermann

Half the Picture (2018), de Amy Adrion

Espero Tua (Re)volta (2019), de Eliza Capai

Varda por Agnès (Varda par Agnès, 2019), de Agnès Varda

Casa (2019), de Letícia Simões

Democracia em Vertigem (2019), de Petra Costa

Mais uma vez essa foi ótima experiência. A lista completa de filmes vistos esse ano está disponível no Letterboxd, assim como as lista do primeiro, do segundo ano e do terceiro ano.. O mesmo ocorre com a avaliação do primeiro, do segundo e do terceiro ano aqui no Estante da Sala. Que venha o ano cinco!

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Crítica de cinema, doutora em Antropologia Social, pesquisadora de corpo, gênero, sexualidade e cinema.

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