Discos

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    LOVAGE!

    (+19) Hoje vou recomendar pra quem ainda não conhece o disco mais ouvido por mim em 2018. Segundo dados do Spotify, passei 23 HORAS ouvindo LOVAGE! Basicamente mais do que um dia inteiro, considerando que o ano nem acabou ainda… Infelizmente só descobri essa maravilha no Natal do ano passado – e não larguei mais.LOVAGE: Music To Make Love To Your Old Lady By (2001) é um dos milhões de projetos musicais do Mike Patton (Faith no More, Tomahawk…) e aqui se destaca a voz incrível da cantora Jennifer Charles. Entrecortado por digamos, narrações instrutivas, a melhor parte são os duetos de Mike e Jennifer, carregados de conotação erótica, como o próprio nome do álbum indica.Recheado…

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    Out of Season

    Trago para vocês hoje mais um não-lançamento (aguardem um TOP 13 cantoras 2018), mas um dos meus discos @feitoporelas preferidos da vida. Era natal de 2004, creio eu, eu já gostava de Portishead, e vi essa mulher maravilhosa cantando ‘Funny time of year’ ao vivo na telinha (saudades MTV). Out of Season (2002) é o trabalho “solo” da Beth Gibbons com Rustin Man, alguns anos depois de formar com Geoff Barrow em uma fila de desempregados a incrível banda de trip hop já citada. “Deus sabe como eu adoro a vida… não podia pedir por mais”, assim ela começa em tom melancólico, ao som de um violão religioso, pode se ouvir a…

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    Ash & Ice

    A dica musical da quinzena é o álbum mais recente do The Kills, Ash & Ice(2016) – com bastante atraso, eu sei, mas só parei pra ouvir agora! 😀 A dupla é formada pela cantora americana Alison “VV” Mosshart (também do supergrupo The Dead Weather, mas melhor aqui na minha opinião) e o guitarrista inglês Jamie Hince. Na última newsletter eu abri meu coração musical pra vocês, então desta vez serei bem concisa, até porque a vida é curta e eu só só crítica de cinema, oficialmente, de música sempre dou pitacos lá no @discosdaste. O que mais posso dizer sobre esses dois? Parecem melhores amigos EVER (pelo menos no videoclipe que coloquei abaixo…) Espero que…

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    Liana Padilha e Luca Lauri (No Porn)

    Desde criança sou alucinada por música. Desde os discos da Xuxa e Angélica, fitas da Mara Maravilha, CDS e vinis da minha mãe, cresci rodeada de sons que me empolgavam pra continuar apesar de tudo e me consolavam nas angústias cotidianas. Eu poderia escrever uma tese para cada banda e sua história na minha vida, de épocas em que era difícil o acesso (infinita gratidão pela MTV e pelos amigos por correspondência e nossas furtivas trocas de figurinhas musicais). Tive fases de roqueira, metaleira, neguei os pagodes que adorava por um tempo, deixei de curtir funks por recalque, mas fui acordando e hoje me entrego a todos os ritmos que aparecem e me encantam.…

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    Luiza Lian

    Como vocês já devem ter reparado aqui, ADORO descobrir cantoras, tanto novas quanto antigas (valeu por ter postado essa deusa no seus stories, @lucifernandinha). Pena que demorei tanto pra conhecer o trabalho da Luiza Lian e estou absolutamente encantada! Eu sei que costumo ser muito efusiva com minhas ídalas mas é sério, tirem um tempinho para escutá-la! A moça acaba de lançar seu terceiro álbum, Azul Moderno, que já começa com pérolas como Vem Dizer Tchau e Mil Mulheres (essa toca muito fundo, coisa linda, linda!) O disco anterior, Oyá Tempo, delineia a presença da espiritualidade na música da paulista que “queria ser baiana“. Há uma versão videoclíptica dele no YT! Mas o meu preferido é o primeiro, o homônimo Luiza Lian (☆☆☆☆☆ no @discosdaste), mais pesado e…

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    Sinto Muito- Duda Beat

    Tenho uma relação especial com a música e o estilo brega. Demorei pra entender isso – creio inclusive que o filme Amor, Plástico e Barulho da diretora Renata Pinheiro ajudou muito – mas agora  aceito, meu coração é tão kitsch que deve ter o formato de um abacaxi! 😀 Neste ano de Xangô, que tá pesado e intenso pra geral, acredito, além do meu amado Johnny Hooker, Duda Beat tem suprido essa necessidade de cantar e dançar pra expurgar todas as sofrências. Com seu delicioso sotaque, a pernambucana chegou para lacrar no primeiro disco, Sinto Muito (clique no título em destaque para ouvir no Spotify). Como pra mim importa mais a emoção do que a razão, vou deixar aqui um…

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    Soltar os Cavalos- Julia Branco

    Eu estava frenética na pista no show da Letrux quando uma moça de cabelos muito pretos vestida de prateado me pediu licença em meu transe pra subir ao palco. Era Julia Branco, que ouvi pela primeira vez a cantar ‘Que estrago’ com a deusa vermelha. Demorou até que eu parasse pra ouvir e permitisse que o álbum “Soltar os cavalos” dominasse meus dias. Daqueles que chegam bem na hora certa. Uma carta aos meus 30 anos, um manifesto de quem não quer mais passar a vida calada, um grito por liberdade que começa com o mantra: “Sou forte, sou grande, sou do tamanho do medo” e me convida pra atravessar…

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    Carina Round

    Venho por meio desta indicar mais uma cantora (e guitarrista) maravilhosa e absolutamente sensacional: Carina Round. Não me lembro o que aconteceu primeiro, a descoberta tardia de que ela integra a banda Puscifer, de um de meus deuses Maynard James Keenan (do Tool e do A Perfect Circle!) ou pela incrível “Do You” na trilha sonora da série American Horror Story… Sei que desde então não parei mais de ouvi-la.  Recomendo toda a discografia dela, especialmente os dois primeiros The First Blood Mystery (2001) e The Disconnection (2003) seguidos por Slow Motion Addict (2007) e o EP de inéditas Things You Should Know (2009). Seu trabalho mais recente foi Tigermixes, em 2015, repaginação das…

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    Belladonna of Sadness

    “Belladonna of Sadness” é um álbum da Alexandra Savior do ano passado, mas apenas descobri em 2018 e desde o início do ano tenho ouvido obsessivamente. A xovem de apenas 23 anos compôs as melodias e letras – bem românticas mas irônicas e sagazes na medida certa – e foi produzida pelo Alex Turner, dos Arctic Monkeys, que toca baixo em algumas faixas. Como virei MUITO fã mesmo, fico caçando material extra, e no YouTube encontrei a ótima ‘Risk‘ (abertura da 2ª temporada de True Detective – que só assisti o piloto desta por sinal) e a vintage ‘We’re Just Making It Worse‘, com Cameron Avery, do Tame Impala. Ansiosa por um próximo disco, fico stalkeando a Alê no…

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    Cavala

    Mãe, gosto muito dos homens, simDe vê-los invadindo meu sonho assimMas no frio do anoitecer Quem me fez delirar foi uma mulherComo eu disse ao meu pai A cantora, produtora, instrumentista e compositora Maria Beraldo desafia as convenções de gênero em seu primeiro álbum, “Cavala”, lançado este ano. O primeiro ato reina, antes da intervenção brusca e quase cacofônica da distorcida “Rainha”, seguida pela versão ainda mais melancólica de “Eu te amo”, do Chico Buarque. Nesta abertura, temos “Tenso”, sobre um desavisado e livre leve solto tesão, “Da Menor Importância” (“Enquanto eu não ouço sua voz eu não sei dizer se é um homem ou uma mulher”), “Amor Verdade” (trecho acima)…