Filmes
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Ruby Sparks (2012)
Ruby Sparks, 2012 (Dir.: Jonathan Dayton e Valerie Faris) Na trama escrita pela também protagonista Zoe Kazan (da famosa família de cineastas), Calvin Weir-Fields (Paul Dano) é um jovem escritor aclamado por seu primeiro romance, lançado há 10 anos. A insegurança de Calvin – e os consequentes bloqueios de escrita, além do trauma do abandono depois da morte do pai – o levou a se consultar com um psicólogo, que o instiga a preencher uma página – “de preferência muito ruim” – contando sobre os seus devaneios com uma misteriosa garota. Leia texto completo aqui.
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Filmes assistidos em setembro
Fim de mês e sigo tendo pouco tempo pros filmes que não sejam para pauta ou algo relacionado. Além de alguns lançamentos (links nos títulos) esse mês escrevi sobre os museus enquanto espaço de validação artística e o que isso implica (esse texto foi postado muito antes de toda a polêmica atual envolvendo museus e exposições e portante, nem toquei nesse tema). Também concluí meu segundo ano de projeto #52FilmsByWomen e escrevi sobre os resultados dessa experiência. Agora dou por início o terceiro ano. Seguem abaixo os filmes assistidos no mês com suas respectivas notas subjetivas. Não esquece de me seguir no letterboxd! 52 Filmes por Mulheres: Cemitério Maldito (Pet…
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#52FilmsByWomen ano 2: a conclusão
Em 1º de outubro de 2015 eu comecei o desafio #52FilmsByWomen (ou 52 Filmes por Mulheres). Senti que precisava conhecer mais filmes que fugissem de um olhar androcentrado e que existiam muitas mulheres com filmografias incríveis para desbravar. Ontem concluí, portanto, o segundo ano do desafio. No primeiro foram 72 longas assistidos e dessa vez foram 91. Somo assim, 163 longas em dois anos, que sobem para 185 quando levo em conta os curtas, mas esses não estou computando na minha “contagem oficial”. É claro que o aumento no número se deve à continuidade do trabalho no Feito por Elas. Também escrevi sobre a questão do trabalho dessas cineastas em…
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First They Killed my Father (2017)
First They Killed my Father (2017), dirigido por Angelina Jolie e baseado nas memórias de Loung Ung, mostra uma criança forçada ao treinamento militar enquanto seus irmãos estão em um campo de trabalho durante o regime de Pol Pot. É o indicado do Camboja para o o prêmio de filme estrangeiro no Oscar.
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What Happened, Miss Simone? (2015)
What Happened, Miss Simone? (2015), dirigido por Liz Garbus, é um retrato intenso da carreira da cantora e militante que dá nome ao documentário, mostrando sua ascensão e seus percalços políticos, bem como as violências de gênero sofridas em relacionamento abusivo com o marido. Uma figura multifacetada, talentosa e interessantíssima, vale a pena conhecer mais sobre ela.
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Mãe! (Mother!, 2017)
O novo filme do cineasta Darren Aronofsky, Mãe!, é compreensivelmente divisivo, mas o mínimo que se pode dizer é que não é uma obra da qual se escapa indiferente. Intenso e com um uso de imagens fortes, o filme enreda o espectador em uma trama que se apresenta na forma de camada sobre camada de alegorias. Em sua superfície nós temos uma história de casal: ela (Jennifer Lawrence) é casada com um escritor (Javier Barden). Eles moram em uma casa antiga, que pertencia a ele e que ela está reformando aos poucos, cômodo por cômodo. Ela acorda e passeia pela casa em busca dele, com uma camisola branca transparente. Os…
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Pendular (2017)
When the routine bites hard And ambitions are low And the resentment rides high But emotions wont grow And were changing our ways, Taking different roads Then love, love will tear us apart again (Love will tear us apart- Joy Division) Em seu novo filme, a cineasta Júlia Murat se debruça sobre um ambiente de proximidade, retratando um casal de artistas. A protagonista sem nome (Raquel Karro), bailarina, se muda com seu companheiro (Rodrigo Bolzan), escultor, para um enorme galpão de indústria. O espaço é logo transformado em lar, com os objetos pessoais do casal dispostos em prateleiras cuidadosamente etiquetadas por ele. O roteiro assinado por Murat e Matias Mariani…
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Sobre espaços de validação e exclusão
A primeira vez que eu vim a São Paulo eu tinha 17 anos. Foi também a primeira vez que eu tinha saído do sul. Como fruto em parte de cidade pequena, em parte de roça, tudo o que eu vi me encantou. Mas uma experiência me marcou ainda mais que as demais: a visita ao MASP (Museu de Arte de São Paulo). Explico-me: as artes eram, já então, uma grande paixão minha. Eu passei algum tempo da minha pré-adolescência namorando aqueles grandes livros de capa dura que compilam as obras de artistas específicos. Sem condições financeiras para adquirir qualquer um que fosse, folheava-os na biblioteca da escola pública em que…
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Uma Mulher Fantástica (Una Mujer Fantastica, 2017)
Uma Mulher Fantástica (2017), de Sebastián Lelio.Marina Vidal (Daniela Vega, em atuação primorosa) é uma cantora que ganha a vida como garçonete. Transitando entre banheiros masculinos e femininos, é obrigada a lidar com a morte repentina do homem que amava e a sofrer na pele o preconceito por ser transgênero em acusações absurdas e desrespeito da família anterior dele. A protagonista é sempre fotografada com admiração e ornada pela direção de arte da minha quase chará Estefania Larrain.
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A Vida Secreta das Abelhas (The Secret Life of Bees, 2008)
Juro que não foi algo planejado, mas sem querer os dois filmes separados para indicação são levinhos. A Vida Secreta das Abelhas (The Secret Life of Bees, 2008), dirigido por Gina Prince-Bythewood, tem um grande elenco, encabeçado pela sempre maravilhosa (embora nem sempre nos melhores projetos) Queen Latifah e por Dakota Fanning, além de Jennifer Hudson, Alicia Keys, Sophie Okonedo e Paul Bettany. A trama foca em uma menina cuja mãe já faleceu e foge de seu pai abusivo, encontrando sororidade e cuidados maternos em uma casa habitada somente por mulheres. É um filme delicado, intenso e gostoso de assistir.