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    Filmes realizados por Mulheres são os destaques de Março na Filmicca

    A Filmicca acaba de anunciar as estreias de Março de 2025 com uma seleção de diversos filmes realizados por mulheres, com destaque para obras como Tanta Água, drama uruguaio realizado por Ana Guevara e Leticia Jorge e Lobo e Ovelha, da diretora afegã Shahrbanoo Sadat, além de curtas asiáticos de jovens diretoras como o taiwanês Um Dia de Verão, o coreano 14 de Maio e o japonês Ela Se Foi. O inédito filme argentino Clara se perde no bosque, de Camila Fabbri, estreia na sexta-feira, dia 7 de Março. Exibido no prestigioso Festival de San Sebastián, o longa segue a personagem do título, Clara, que está saindo da cidade para…

  • Notícias

    Chantal Akerman é destaque no Sesc Digital

    A partir de 6 de março, o Sesc Digital recebe em sua programação uma homenagem a Chantal Akerman, na Semana Internacional da Mulher, com seis longas-metragens significativos da carreira da cineasta belga. O serviço de streaming gratuito do Sesc São Paulo pode ser acessado em todo o país, pelo site sesc.digital ou por meio do aplicativo Sesc Digital, disponível para download nas lojas Google Play e App Store.  Diretora, roteirista, atriz e professora de cinema, Chantal Akerman (1950-2015) vem de uma família de judeus remanescentes do holocausto polonês. Sua mãe, única sobrevivente do massacre, tornou-se uma figura central em sua obra, influenciando profundamente seus filmes e sua visão artística. Em seu primeiro longa-metragem de ficção, Eu, Tu, Ele,…

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    O Macaco (2025)

    Em letras chamativas, o cartaz nacional de O Macaco (The Monkey) destaca os nomes de Osgood Perkins (diretor e roteirista), Stephen King (autor original) e James Wan (produtor), um trio que costuma remeter ao gênero do horror. A publicidade brasileira do filme faz coro, indica que é um “terror repleto de humor macabro e mortes surreais”, frase que, embora acertada em algumas partes, também foi o fermento para a decepção de muitas pessoas. Se a onda de terror elevado, horror psicológico, entre outros termos utilizados, quase colocou o gênero como algo menos digno, dando a algumas obras o rótulo de suspense, drama ou qualquer outro, como se o terror não…

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    Mickey 17 (2025)

    “Dizem que dão emprego para aquele rio de pessoas que segue para o norte. O presidente Donner é a favor deles. Os trabalhadores são mais descartáveis do que escravos. Eles inspiram fumaça tóxica, bebem água contaminada ou são feridos em máquinas sem proteção… Não importa. São fáceis de substituir: milhares de desempregados para cada vaga”. (A Parábola do Semeador, de Octavia E. Butler, p. 402) Assistir Mickey 17, novo filme do cineasta coreano Bong Joon-ho, na mesma semana em que li A Parábola do Semeador, livro de Octavia Butler, foi uma confluência (e coincidência) bastante apropriada. O livro foi publicado em 1993 e reflete muitas das angústias da época, e…

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    Nazismo e perseguição a identidades LGBTQIA+ no cinema

    Publicado originalmente em 06/02 na newsletter para assinantes do financiamento coletivo do Feito por Elas. Para contribuir, assine aqui. Tenho assistido com estupefação, como quase todo mundo, as tomadas de decisão de Donald Trump, novamente ocupando a cadeira da Casa Branca. Nem vou falar do horror que são os descalabros do Elon Musk. Mas uma das coisas que mais têm me afetado é ver as notícias sobre a perseguição de identidades transgênero pelo governo. Primeiro o secretário de Estado Marco Rubio proibiu a emissão de passaportes com identidade retificada para pessoas transgênero. Eu vi muita gente apavorada no bluesky, constatando que ou utiliza o nome morto e o gênero designado no nascimento, ou está…

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    O Piano e a mulher selvagem de Clarissa Pinkola Estés

    “A Mulher Selvagem ensina às mulheres quando não se deve ser ‘boazinha’ no que diz respeito à proteção da expressão de nossa alma. A natureza selvagem sabe que a ‘doçura’ nessas ocasiões só faz com que o predador sorria. Quando a expressão da alma está sendo ameaçada, não é só aceitável fixar um limite e ser fiel a ele; é imprescindível”. Mulheres que correm com lobos, Clarissa Pinkola Estés – Capítulo 02 – A tocaia ao intruso: O princípio da iniciação Há uma cena em O Piano, filme roteirizado e dirigido por Jane Campion, em que Ada (Holly Hunter) assiste a uma peça de teatro que encena o conto do Barba-Azul. A história…

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    Bridget Jones: Louca pelo Garoto (2025)

    Antes de tudo devo dizer que não tenho isenção alguma para escrever sobre esse filme. A primeira vez que eu li o primeiro livro, O Diário de Bridget Jones, de Helen Fielding, foi em 2001, quando tinha 16 anos. Eu e mais sete amigos nos juntamos para dar de presente de aniversário para outra amiga. Livro novo, preço de capa, a gente com essa idade, essa era a forma que sempre fazíamos em todos os aniversários: juntar para comprar de galera. Pois bem, depois de devidamente presenteado, o livro rodou pelas mãos de quem presenteou também e assim foi minha primeira leitura. A segunda deve ter sido da biblioteca. E…

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    Homens de Barro (2024)

    Com nomes incomuns e uma narração em off descrevendo suas histórias, dois meninos, Pássaro e Marciano, vivem vidas normais, até certo ponto, de crianças em uma cidade muito pequena, com mais natureza do que perspectivas. No entanto, a história de Homens de Barro não pretende de forma alguma se distanciar ou esconder sua referência shakesperiana, sublinhando uma proximidade com a literatura e com a tragédia. Assim, a voz que descobre-se mais tarde ser de Ângelo (João Pedro Prates), o irmão que era pouco relevante na introdução do longa, narra como sua família, os Miranda, travam uma rivalidade de anos com os Tamai, poeticamente situados lado a lado, vizinhos de casa…

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    Entrevista com Kate Winslet sobre o filme Lee, de Ellen Kuras

    Kate Winslet já viveu muitas vidas em mais de 30 anos de carreira. Desde a estreia no cinema, em 1994, ela foi uma jovem de cabelos coloridos em busca de paz de espírito, a escritora Iris Murdoch, uma das mentes pensantes por trás do Macintosh, uma dona de casa infeliz nos anos 1950 (e outra nos anos 2000), sobrevivente do naufrágio do Titanic e até uma Na’avi. Não muito diferente de Lee Miller, que também viveu muitas vidas: de modelo, ela foi para trás das câmeras e fotografou a Segunda Guerra Mundial no front de batalha. As muitas vidas de Winslet e Lee se cruzaram no novo projeto da atriz…

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    Entrevista com Roberta Ribas e Gustavo Machado, de A Voz que Resta

    Em A Voz Que Resta, a dupla de diretores Roberta Ribas e Gustavo Machado coloca na tela um ambiente de pura claustrofobia. O cenário é um apartamento e o texto é um monólogo carregado de ânsia, desespero e, por vezes, até torpor. Os diretores também são os únicos atores em cena: Gustavo é Paulo, que conduz a história praticamente sozinho, com visões da mulher por quem está obcecado, a vizinha, Marina, interpretada por Roberta. O drama carregado nas tintas azuis e vermelhas é uma adaptação da peça do autor e tradutor Vadim Nikitin. Na obra original, a mulher existe, mas não aparece. Essa foi uma das diferenças que o filme…