Críticas e indicações,  Filmes

Paraíso Perdido

De volta ao cinema desde Cavalinho Azul (1984), Erasmo Carlos surge em frente às cortinas iluminadas pelo neon e nos convida para esquecer quem somos e passar duas horas no cabaré Paraíso Perdido (2018),  filme escrito e dirigido pela cineasta Monique Gardenberg (também responsável por Benjamin(2003) – a menos terrível entre as adaptações dos livros do Chico Buarque), e agora disponível no serviço de streaming.
Imã (vivida pelo cantor Jaloo) sofre agressões de intolerância na porta do local. Resta saber se o tratamento dado a ela pelo filme também não foi transfóbico, pois há uma necessidade de reforçar o gênero masculino da personagem que aos 20 anos se diz feliz. Fica evidente a hipocrisia e o preconceito do affair Pedro (Humberto Carrão), que não o aceita quando vestido de homem e como tantos outros é facilmente perdoado. Imã prometeu mas não chegou a cantar “Bang Bang” de Kill Bill, filme cuja história se aproxima tanto da sua, no entanto me emocionou durante o cover de “Amor Marginal” do meu amado Johnny Hooker.
Contrariando o verso “quem muito quer nada tem”, um trisal provisório é formado entre elas e Odair (Lee Taylor), policial curioso. Convidado por Teylor (Seu Jorge) para a boate, fica intrigado ao encontrar no camarim uma foto de sua mãe Nadia (Malu Galli), que perdeu a audição mas incomoda os vizinhos com músicas no talo. As conversas silenciosas em linguagem de sinais estão entre os momentos mais sensíveis da película (…) Leia o texto completo aqui

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Doutoranda em Estudos de Linguagens pelo CEFET-MG

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