• Entrevistas

    Entrevista | Guillermo Del Toro, Oscar Isaac e Jacob Elordi, de Frankenstein (2025)

    Nesse ciclo de entrevistas pré-Globo de Ouro, o que eu mais queria era ter a oportunidade de fazer uma pergunta específica para Guillermo Del Toro. Para mim, o cinema dele mudou muito depois que assisti a O Espírito da Colmeia (El Espíritu de La Colmena, 1973), filme do espanhol Víctor Erice. E, com Del Toro lançando, enfim, o seu Frankenstein (2025), essa seria a chance perfeita para falar sobre esses dois filmes. E deu tudo certo, porque, há alguns dias, pude participar de duas roundtables virtuais organizadas pela Netflix, uma com Del Toro e o ator Jacob Elordi, que interpreta a Criatura, e outra com Oscar Isaac, o Victor Frankenstein…

  • Cinema,  Críticas e indicações,  Filmes

    [49ª Mostra de São Paulo] Frankenstein (2025)

    Este texto faz parte da cobertura da 49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ocorre entre 16 e 30 de outubro. Todos os homens odeiam os desgraçados; como devo ser odiado, eu que sou a mais infeliz entre as criaturas vivas! Ainda assim, tu, meu criador, detestas e rejeitas a mim, tua criatura, a quem estás preso por amarras que apenas a aniquilação de um de nós pode dissolver. (…) Lembra-te que sou tua criatura; deveria ser teu Adão, porém sou mais como o anjo caído, a quem tu afastaste da alegria sem ter cometido mal nenhum. Por outro lado vejo prazer, do qual apenas eu sou irrevogavelmente…

  • Críticas e indicações,  Livros

    Frankenstein

    Frankenstein ou o Moderno Prometeu foi escrito por Mary Shelley (1797-1851) em 1816 quando ela tinha apenas 19 anos e publicado com crédito para a autora em 1831. O romance gótico questiona vingança, remorso, aparência física, justiça. Assim como sua criatura, Victor Frankenstein não é uma personagem plana. Na obra que passa longe do maniqueísmo, os conceitos de bem e mal se misturam. Tanto o criador como o monstro manifestam empatia, e apesar de seus atos hediondos, percebemos suas motivações, daí o fascínio que nos causam. No posfácio da edição de 1985 da LPM, o crítico Harold Bloom comenta a confusão popular de se batizar a criatura com o nome…