• Cinema,  Críticas e indicações,  Filmes

    [43ª Mostra de São Paulo] Ninja Xadrez (Ternet Ninja, 2018)

    Esta crítica faz parte da cobertura da 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ocorre entre 17 e 30 de outubro na cidade. A sequência inicial prende a atenção de quem assiste: um enorme outdoor anuncia uma paisagem paradisíaca na Tailândia como destino turístico. Atrás dele se esconde um amontoados de casas em condições precárias e uma fabriqueta onde crianças trabalham sem descanso atrás de suas máquinas de costura. Em uma placa, uma corruptela do slogan da Nike misturado com o símbolo da Coca-Cola, diz “just do it now”. Com isso, temos a impressão de que a animação vai tratar da exploração de mão de obra infantil nesses…

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    Feito por Elas #83 Xuxa

    O programa de hoje é o nosso especial de Dia das Crianças! Esse ano resolvemos abordar filmes da Xuxa que fizeram muito sucesso na nossa infância e que são dirigidos por mulheres: Super Xuxa Contra o Baixo Astral (1988), dirigido por Anna Penido e David Sonnenschein e Lua de Cristal (1990), com direção de Tizuka Yamazaki. O programa é apresentado por Isabel Wittmann do Estante da Sala, Stephania Amaral do Cinematório e Instagram Discos da Stê e Kel Gomes do Cinematório. Oferecimento: Telecine: acesse para testar Feedback: contato@feitoporelas.com.br Feed|Facebook|Twitter|Instagram|Letterboxd|Telegram Edição: Felipe Ayres e Isabel Wittmann Pesquisa e pauta: Isabel Wittmann Arte da capa: Amanda Menezes Vinheta: Felipe Ayres Locução: Deborah Garcia (deh.gbf@gmail.com) Assine nosso Padrim Assine nosso Patreon Mencionados: [FILME] Captain EO…

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    [43ª Mostra de São Paulo] Teerã Cidade do Amor (Tehran: City of Love, 2018)

    Esta crítica faz parte da cobertura da 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ocorre entre 17 e 30 de outubro na cidade. Três pessoas em busca de algo que não está lá. Teerã Cidade do Amor apresenta seus protagonistas inseridos em um cenário urbano que marca essa procura, mesmo que nem sempre o encontro seja possível. Teerã emoldura as incoerências de cada um e ilustra, ela mesma, suas próprias idiossincrasias. Hassam canta em enterros em uma mesquita e por isso seu cotidiano é mergulhado em roupas pretas e melancolia. Sua namorada termina o relacionamento porque não quer viver dessa forma. Alguém lhe pede para cantar em um…

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    [43ª Mostra de São Paulo] Os Dias da Baleia (Los Días de la Ballena, 2019)

    Esta crítica faz parte da cobertura da 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ocorre entre 17 e 30 de outubro na cidade. Primeiro longa da cineasta colombiana Catalina Arroyave Restrepo, Os Dias da Baleia propõe um exercício de coming of age de sua protagonista que circula por lugares que tentam se comunicar, às vezes de forma conflituosa. Cristina, que atende simplesmente por Cris, é uma jovem de classe média que vai passar algum tempo na casa do pai. A mãe, jornalista que desafia carteis em Medellín, precisou sair do país em virtude das ameças de morte. Agora pede que a filha se junte a ela na Europa,…

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    [43ª Mostra de São Paulo] Cães do Espaço (Space Dogs, 2018)

    Esta crítica faz parte da cobertura da 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ocorre entre 17 e 30 de outubro na cidade.  Com uma narração em off que soa impessoal e distante e imagens criadas para diretamente para o documentário, somos apresentados à história de Laika, a cachorra vira-lata que foi o primeiro ser vivo a ser enviado ao espaço. O programa espacial russo e o estadunidense lutavam para surpassar um ao outro, estabelecendo marcos na corrida espacial resultante de Guerra Fria. Foi no espaço que cachorrinha faleceu e sua capsula queimou quando entrou novamente na atmosfera. Seu corpo incendiado. A voz informa que diz a lenda…

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    JOKER

    Joaquin Phoenix renasce a cada atuação e mais uma vez entrega – não apenas empresta – seu corpo e alma ao personagem. Coringa é a dança de um palhaço triste, que escreve em seu diário epitáfios funestos como “espero que minha morte faça mais sentido do que minha vida”.  As fantasias de Arthur Fleck se […] https://stephaniaamaral.wordpress.com/2019/10/03/joker/...

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    #52FilmsByWomen ano 4: a conclusão

    Terminei o meu quarto ano do desafio #52FilmsByWomen, que dei início em 1º de outubro de 2015 e renovei em todos os 1ºs de outubro seguintes. O desafio consiste em assistir a um filme dirigido por uma mulher por semana durante um ano, totalizando 52. Quatro anos atrás eu queria conhecer o trabalho de mais diretoras que ainda não conhecia. Hoje eu vejo o quanto aprendi e quantas diretoras ainda quero conhecer. No começo eu pesquisava e procurava cada filme que assistiria. Com a criação do Feito por Elas, em 2016, eles passaram a vir no fluxo das pautas escolhidas. Hoje eu nem preciso mais procurar os filmes: eles vêm…

  • Críticas e indicações,  Filmes

    Quatro faroestes com personagens mulheres que fazem a diferença

    O faroeste ou western tem lugar especial na historiografia do cinema como um dos principais produtos de Hollywood, sendo considerado como parte importante da mitologia norte-americana. É um dos gêneros mais facilmente reconhecíveis por seus elementos característicos dispostos em histórias e representações de protagonistas homens. Tendo surgido no começo do século XX, desenvolveu ao longo dos anos um forte imaginário atrelado a paisagens áridas, caubóis austeros, pistoleiros, xerifes, os fora-da-lei, heróis destemidos e bandidos “casca-grossa” em batalhas de bem e mal, pessoais ou grandiosas – incluindo aí questões problemáticas como a vilanização de grupos indígenas, por exemplo.  O foco das narrativas sempre esteve nas relações de rivalidade ou parceria entre…

  • Críticas e indicações,  Discos

    Planeta Fome, de Elza Soares

    Aos 82 anos, Elza Soares, depois dos impecáveis A Mulher do Fim do Mundo (2015) e Deus é Mulher (2018), demonstra extrema vitalidade ao lançar o 34º álbum de sua carreira, Planeta Fome (2019) – a capa maravilhosa é da Laerte! Com parcerias com BaianaSystem e BNegão, com direito a referências ao Tim Maia “me dê motivo, pra ir embora…” e agradecimento irônico ao Garrincha, “obrigada mané!”, ela regravou ainda canções de Seu Jorge e Gonzaguinha, além da recente “Não Recomendado”. Os ritmos e as letras pesados refletem a atual atmosfera política do país, referenciado a todo momento não só na faixa “Brasis”. Segundo a dELZA, “o Brasil só está…