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Aggretsuko
Fazia muito tempo que eu não assistia a um anime. O argumento de um amigo que me convenceu a ver Aggretsuko foi “é da Sanrio da Hello Kitty, é diferente, é sua cara”. E de fato me senti representada em muitos pontos por essa… raposinha? gatinha? panda (?!) e seus surtos death metal no karaokê. Berrar guturais incompreensíveis é a forma da bichinha de desabafar da rotina hostil em um ambiente de trabalho cheio de desafios e abusos (eu fazia algo bem semelhante quando era mais xovem). Mesmo não sendo um show impróprio para menores, os personagens – animais antropomorfizados muito fofinhos como as diretoras Gori e Washimi – bebem MUITO após…
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Filmes dirigidos por mulheres para ver na Netflix
Em meio a quarentena muitas pessoas pediram dicas de filmes que possam ver em plataformas de streaming. Como as opções são muitas, separamos para vocês filmes dirigidos por diretoras que já abordamos em nossos programas. Hoje listamos aqueles disponíveis na Netflix. Tem filme para todos os gostos! Segue a lista, todos com link direto para o filme: Mãe Só Há Uma (2016), de Anna Muylaert Feira das Vaidades (Vanity Fair, 2004), de Mira Nair Em Carne Viva (In the Cut, 2003), de Jane Campion O Destino de Júpiter (Jupiter Ascending, 2015), de Lana e Lilly Wachowski As Vozes (The Voices, 2014), de Marjane Satrapi Califórnia (2015), de Marina Person O…
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Eu nunca…
Ao invés de colocar as demais séries em dia ou assistir algo das mil listas que faço, acabei pagando língua ao ver numa tacada só um seriado adolescente, que costumo ter preguiça (com exceção de Sex Education). Das criadoras Mindy Kaling e Lang Fisher, Eu Nunca…, disponível na Netflix, trata dos conflitos típicos de uma garotinha no ensino médio, mas rompe certos clichês e tem o diferencial de trazer elementos da cultura indiana e muitos personagens de diversas etnias, ainda que todos extremamente cheios da grana e outros com subjetividade pouco aprofundada, como as melhores amigas de Devi, Fabiola e Eleanor. Cômica e dramática em doses bem calculadas, passam rápido os 10…
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Hollywood: quando a história não é o suficiente
Que Ryan Murphy é um showrunner divisivo todos que acompanham televisão sabem. Emplacando sucesso atrás de sucesso, muitas vezes se aponta a falta de sutileza de seus roteiros. Para mim, geralmente ele acerta, com as devidas ressalvas, se tomarmos como referência justamente seus aspectos novelescos e pendor para o kitsch. Gosto do começo de Glee, da primeira temporada de American Crime Story (a única que vi) e de Pose (levando em conta o excesso de glamourização). Por fim, apesar de algumas ficcionalizações problemáticas, realmente acho Feud: Bette & Joan uma série ótima, que me entrega algo que eu (e provavelmente muitas pessoas cinéfilas) sou carente: dramas sobre a história de…
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Sex Education (segunda temporada)
Já havia usado esse espaço para recomendar Sex Education, mas com a chegada da segunda temporada, volto a reforçar a dica (leia aqui o texto anterior). Criada por Laurie Nunn, a série segue abordando questões sobre sexualidade no ambiente escolar de uma forma bastante única. Otis, como o protagonista que também é o menino branco, héterossexual e cisgênero, continua sendo o personagem menos interessante, mas agora a narrativa abriu espaço para outras vivências, como a bissexualidade, a lesbianidade e assexualidade, mas também a masturbação, ISTs, assédio sexual e outros assuntos, dando destaque para outros personagens. Os romances e dramas adolescentes continuam presentes, assim como as referências a Clube dos Cinco. A única pena é…
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Feito por Elas #92 Democracia em Vertigem
Nesse episódio conversamos sobre Democracia em Vertigem (2019), documentário dirigido por Petra Costa que foi indicado ao Oscar esse ano. O filme aborda o golpe de 2016 no Brasil sob a perspectiva pessoal da diretora. O programa é apresentado por Isabel Wittmann e Stephania Amaral com participação da cientista política e Profª Dra. da UFU Débora Prado do podcast Chutando a Escada. Feedback: contato@feitoporelas.com.br Feed|Facebook|Twitter|Instagram|Letterboxd|Telegram Edição: Felipe Ayres e Isabel Wittmann Pesquisa e pauta: Isabel Wittmann Arte da capa: Amanda Menezes Vinheta: Felipe Ayres Locução: Deborah Garcia (deh.gbf@gmail.com) Assine nosso Padrim Assine nosso Patreon Agradecimento: Carolina Ronconi Mencionados: [SITE] Chutando a Escada [TWITTER] Chutando a Escada [FACEBOOK] Chutando a Escada [PODCAST] Chutando a Escada #87 Mulheres no…
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The Crown
A terceira temporada de The Crown já está disponível na Netflix. Centrado na vida da rainha da Inglaterra, Elizabeth II, o seriado voltou com elenco renovado, ou melhor, envelhecido, para acompanhar o avançar do tempo. Se nas duas primeiras temporadas ela era interpretada por Claire Foy, agora, com a história transcorrendo de 1964 até 1977, a atriz foi substituída pela ótima Olivia Colman, que não só interpreta a Madrinha na nossa amada série Fleabag como, recentemente, também encarnou a realeza no papel de Rainha Anne em A Favorita. A troca de atrizes conferiu mais maturidade à personagem e, por sua vez, os rumos da história tratam-na agora de maneira mais…
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Feito por Elas #86 Fleabag
Esse programa é sobre o seriado Fleabag (2016-2019), escrito e protagonizado por Phoebe Waller-Bridge. Também comentamos brevemente seus outros trabalhos na televisão: Crashing (2016) e Killing Eve (2018-). O programa é apresentado por Isabel Wittmann do Estante da Sala, Stephania Amaral do Cinematório e Instagram Discos da Stê e Kel Gomes do Cinematório. Feedback: contato@feitoporelas.com.br Feed|Facebook|Twitter|Instagram|Letterboxd|Telegram Edição: Felipe Ayres e Isabel Wittmann Pesquisa e pauta: Isabel Wittmann Arte da capa: Amanda Menezes Vinheta: Felipe Ayres Locução: Deborah Garcia (deh.gbf@gmail.com) Assine nosso Padrim Assine nosso Patreon Mencionados: [FILME] Sem Tempo Para Morrer (No Time to Die, 2020), dirigido por Cary Joji Fukunaga
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Pose
Recentemente o catálogo da Netflix recebeu como acréscimo o seriado Pose, criado por Steven Canals, Brad Falchuk e Ryan Murphy, com episódios dirigidos por Gwyneth Horder-Payton,Tina Mabry, Janet Mock, entre outras. Trata-se de uma história que se passa nos bailes queer de Nova York em 1987, em que homens cisgênero gays, mulheres transgênero e drag queens participavam de competições em busca da melhor performance artística, com temas variados, geralmente de personificar determinados signos de status. O universo é o mesmo retratado no documentário Paris is Burning, dirigido por Jennie Livingston (que também dirigiu um episódio da série), sendo que ele já foi recomendado nesse espaço e está disponível no serviço de streaming. Um dos pontos fortes da série é o protagonismo diverso…
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O Olmo e a Gaivota, de Petra Costa
Se você gostou do documentário Democracia em Vertigem, que já recomendamos nessa newsletter, não deixe de conferir O Olmo e a Gaivota, o filme anterior da diretora Petra Costa, que entra para o catálogo da Netflix nesse domingo. Talvez o menos diretamente pessoal de sua filmografia, ele trata da história de uma atriz, Olivia, que se prepara para encenar a peça A Gaivota, de Tchekov, quando descobri que está grávida. A partir daí tem que lidar com seus medos, a percepção sobre si, sobre seu corpo e sua vida.