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#52FilmsByWomen ano 3: a conclusão
Chego ao fim do meu terceiro ano de desafio #52FilmsByWomen (ou 52 Filmes por Mulheres). Comecei em 1º de outubro de 2015 e quanta coisa mudou de lá pra cá. Na minha vida pessoal, comecei um doutorado, com pesquisa em gênero (como no mestrado) e mudei de estado, dando continuidade ao meu nomadismo. Três anos atrás eu sentia que precisava conhecer mais obras cinematográficas com autoria feminina. O desafio, que consiste em assistir a um filme dirigido por uma mulher por semana durante um ano, totalizando 52, caiu como uma luva. Depois disso, em 2016, criei o Feito por Elas e a demanda por filmes dirigidos por mulheres se tornou ainda…
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Luiza Lian
Como vocês já devem ter reparado aqui, ADORO descobrir cantoras, tanto novas quanto antigas (valeu por ter postado essa deusa no seus stories, @lucifernandinha). Pena que demorei tanto pra conhecer o trabalho da Luiza Lian e estou absolutamente encantada! Eu sei que costumo ser muito efusiva com minhas ídalas mas é sério, tirem um tempinho para escutá-la! A moça acaba de lançar seu terceiro álbum, Azul Moderno, que já começa com pérolas como Vem Dizer Tchau e Mil Mulheres (essa toca muito fundo, coisa linda, linda!) O disco anterior, Oyá Tempo, delineia a presença da espiritualidade na música da paulista que “queria ser baiana“. Há uma versão videoclíptica dele no YT! Mas o meu preferido é o primeiro, o homônimo Luiza Lian (☆☆☆☆☆ no @discosdaste), mais pesado e…
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Feito por Elas #59 Naoko Ogigami
Nesse programa conversamos sobre a cineasta japonesa Naoko Ogigami e os filmes Restaurante Gaivota (Kamome shokudô, 2006) e Entre Laços (Karera ga honki de amu toki wa, 2017). A sua temática é recorrente, estrangeiros em um lugar novo que precisam encarar práticas e elementos estranhos, e como eles lidam com isso. O programa é apresentado por Isabel Wittmann do Estante da Sala, Camila Vieira da Revista Sobrecinema e Raquel Gomes, do Cinematório e Moda Útil. Feedback: contato@feitoporelas.com.br Feed|Facebook|Twitter|Instagram|Letterboxd|Telegram Edição: Isabel Wittmann e Felipe Ayres Pesquisa e pauta: Michelle Henriques Arte da capa: Amanda Menezes Vinheta: Mey Linhares Assine nosso Padrim Assine nosso Patreon Mencionados: [FILME] O Sabor da Vida (An, 2015), de Naomi Kawase [FILME] A Livraria (The Bookshop, 2017), de Isabel Coixet [FILME] Ansiosa Tradução (Nervous Translation, 2017), de Shireen Seno [FILME] A Garota Dinamarquesa (The Danish Girl, 2015), de Tom Hooper…
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Sinto Muito- Duda Beat
Tenho uma relação especial com a música e o estilo brega. Demorei pra entender isso – creio inclusive que o filme Amor, Plástico e Barulho da diretora Renata Pinheiro ajudou muito – mas agora aceito, meu coração é tão kitsch que deve ter o formato de um abacaxi! 😀 Neste ano de Xangô, que tá pesado e intenso pra geral, acredito, além do meu amado Johnny Hooker, Duda Beat tem suprido essa necessidade de cantar e dançar pra expurgar todas as sofrências. Com seu delicioso sotaque, a pernambucana chegou para lacrar no primeiro disco, Sinto Muito (clique no título em destaque para ouvir no Spotify). Como pra mim importa mais a emoção do que a razão, vou deixar aqui um…
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Carol
Quando fizemos nosso programa sobre a Kelly Reichardt mencionamos como ela foi apoiada por Todd Haynes, um dos expoentes e considerado um dos criadores do New Queer Cinema, um movimento que aborda sexualidade em seus filmes e que começou no início dos anos 90. Haynes tem muitos filmes maravilhosos, mas é possível que Carol, que entrou para o catálogo da Netflix, seja o que tenha a estética mais apurada. Baseado no romance de Patricia Highsmith e roteirizado por Phyllis Nagy, é basicamente um conto de Natal, em que a personagem-título (vivida por Cate Blanchett) é uma dona de casa com boa situação financeira que está se divorciando do marido e Therese (interpretada por Rooney Mara), por quem ela se…
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Entremarés
Crítica escrita para a parceria entre Elviras- Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema e o Tudo Sobre Mulheres- VI Festival de Cinema Feminino de Chapada dos Guimarães. Com muita calma, uma senhora segura uma rede de pesca entre suas mãos e remenda os pontos danificados. A pesca como uma rede de conexões entre as pessoas, especialmente as mulheres. Os nós que interligam todos. As laçadas que estruturam a comunidade. O conjunto que cria o tecido da sociabilidade local. Assim começa Entremarés, documentário dirigido por Anna Andrade que apresenta as mulheres da Ilha de Deus, em Recife, local de preservação do manguezal em perímetro urbano. A imagem aérea descortina uma ilha…
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Feito por Elas #58 Lynne Ramsay
No programa de hoje vamos conversar sobre a cineasta, roteirista e produtora escocesa Lynne Ramsay, cuja filmografia mantem um tom sombrio e cru, com filmes atmosféricos e oníricos e foco na infância e na juventude. Os filmes abordados foram O Lixo e o Sonho (Ratcatcher, 1999), Precisamos Falar Sobre o Kevin (We Need to Talk About Kevin, 2011) e Você Nunca Esteve Realmente Aqui (You Were Never Really Here, 2017). O programa é apresentado por Isabel Wittmann do Estante da Sala, Stephania Amaral do Cinematório e Instagram Discos da Ste e Camila Vieira da Revista Sobrecinema e Raquel Gomes, do Cinematório e Moda Útil, com a participação da convidada Bianca Zasso, do Bia na Toca, Formiga Elétrica e Action News. Edição: Isabel Wittmann e Felipe Ayres Feedback: contato@feitoporelas.com.br Feed|Facebook|Twitter|Instagram|Letterboxd|Telegram Arte da capa: Amanda Menezes Vinheta: Mey Linhares Assine nosso Padrim Assine nosso Patreon Mencionados: [FILME] A…
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Marvin (2017)
Quando o acrobata começa a pensar, ele cai Dirigido por Anne Fontaine (de Coco Antes de Chanel), Marvin é um um filme de coming of age, de descobrir-se a si mesmo, um Lady Bird queer de interior. O protagonista é Marvin Bijou (Jules Porier), um menino de olhar doce que mora em um vilarejo no interior da França. Sua mãe, Odile (Catherine Salée), o trata com afeto e o defende, mas ao mesmo tempo a dura rotina não permite que preste muita atenção no garoto. Seu pai, Dany (Grégory Gadebois), tem sua própria ética, mas é um homem tosco, rude e mergulhado em preconceitos. O irmão mais velho, Roland (Charles Berling) é violento…
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Drops FpE #10 Fernanda Pessoa
Nesse programa tivemos uma conversa sobre o filme Histórias que Nosso Cinema (Não) Contava, um documentário que retrata o período da ditadura militar no Brasil por meio de cenas de filmes de pornochanchada, destacando temas importantes para a discussão da época e como eles eram abordados então. Também entrevistamos sua diretora, Fernanda Pessoa. O filme, que é seu primeiro longa metragem, estreou no dia 23 de agosto nos cinemas. O programa é apresentado por Isabel Wittmann do Estante da Sala e Samantha Brasil do Delirium Nerd e Cineclube Delas. Edição: Isabel Wittmann e Felipe Ayres Feedback: contato@feitoporelas.com.br Feed|Facebook|Twitter|Instagram|Letterboxd|Telegram Pesquisa e pauta: Isabel Wittmann Vinheta: Mey Linhares Assine nosso Padrim Assine nosso Patreon Mencionados: [DIRETORA] Vera Chytilová
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Soltar os Cavalos- Julia Branco
Eu estava frenética na pista no show da Letrux quando uma moça de cabelos muito pretos vestida de prateado me pediu licença em meu transe pra subir ao palco. Era Julia Branco, que ouvi pela primeira vez a cantar ‘Que estrago’ com a deusa vermelha. Demorou até que eu parasse pra ouvir e permitisse que o álbum “Soltar os cavalos” dominasse meus dias. Daqueles que chegam bem na hora certa. Uma carta aos meus 30 anos, um manifesto de quem não quer mais passar a vida calada, um grito por liberdade que começa com o mantra: “Sou forte, sou grande, sou do tamanho do medo” e me convida pra atravessar…