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    Marvelous Mrs. Maisel

    No dia 18 de fevereiro começou a 4ª temporada de Maravilhosa Sra. Maisel (Marvelous Mrs. Maisel (2017-), outra das minhas novelas de época, dessa vez de comédia. Inclusive acho que já recomendei Mrs. Maisel por aqui, mas sempre vale reforçar.  A série é protagonizada por Miriam Maisel (interpretada por Rachel Brosnahan), uma dona de casa mãe de dois filhos que se separa do agora ex marido e começa uma carreira como comediante. Tudo isso na Nova York do final dos anos 50 e início dos anos 60 (a depender da temporada) e permeada por figuras reais que podem ser conhecidas do público. Um traço marcante do seriado é o roteiro afiado, marcado por falas velozes, escrito…

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    For All Mankind

    A série sai de uma premissa ótima: e se os soviéticos fossem os primeiros a chegar na lua? E quem tivesse que “correr atrás” são os EUA? Esse é o ponto de partida de For All Mankind, série sobre espaço (mas nem tanto) que começa no fatídico ano de 1969. A trama central é focada principalmente na NASA e acompanha os astronautas e suas missões ao espaço – e caralho, como essa empresa tem grana pra torrar, benzadeus – mas também suas esposas e quem fica na terra. E aí que a série fica interessante (e você precisa passar pelo “pedágio” dos dois primeiros episódios): o que interessa aqui é esse mundo…

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    Dickinson

    Emily Dickinson foi uma poeta estadunidense que morreu aos 55 anos pouco conhecida pelo público da época. Grande parte da mítica em torno da autora envolve sua reclusão: sempre de branco, ela passou a vida trancada no quarto e escrevendo poesia.  Mas não é sobre essa Emily que a série de Alena Smith retrata. Aqui, Emily é uma adolescente, e seus dramas são basicamente dramas de adolescentes: o relacionamento com os irmãos, a dificuldade de comunicação com os pais, até as aflições de estar apaixonada – e o nível de drama é um QUE SÓ UM ADOLESCENTE pode nos proporcionar. Mas claro, além disso, ela é poeta. E o seu…

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    A Idade Dourada (Gilded Age)

    Pra quem gosta de filme ou série de época, como eu, tem novidade boa: Julian Fellowes está lançando A Idade Dourada (The Gilded Age) pela HBO Max. Se o nome do autor não despertou nenhuma memória, ele é oscarizado pelo roteiro de Assassinato em Gosford Park (Gosford Park, 2001), o whodunit do Robert Altman, e também roteirizou o Feira das Vaidades (Fanity Fair, 2004), protagonizado pela Reese Witherspoon e dirigido pela Mira Nair; e A Jovem Rainha Vitória (The Young Victoria, 2009), do Jean-Marc Valleé com a Emily Blunt. Mas talvez seu trabalho mais conhecido seja Downton Abbey (2010-2015), seriado que se passava na década de 1920 e acompanhava gerações da família Crowley, do condado de Grantham e, portanto, da nobreza britânica, que criou e roteirizou. Até a…

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    Yellowjackets

    Nesse fim de ano eu parei para assistir à primeira temporada de Yellowjackets, série parcialmente narrada em flashbacks sobre um grupo de adolescentes em 1996 em um time de futebol cujo avião cai em uma floresta. Elas levam 19 meses para ser resgatadas. No presente, algumas das sobreviventes são interpretadas por Melanie Lynskey, Tawny Cypress, Christina Ricci e Juliette Lewis. Fica a recomendação, mas na verdade puxei esse assunto é desculpa para indicar a ótima entrevista que Melanie Lynskey, que interpreta a protagonista Shauna, deu  pra revista Rolling Stone. Ela fala sobre sua carreira, sexismo e body shaming, entre outros assuntos. É de se pensar, com o começo de carreira promissor que ela teve, porque tantos anos…

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    Missa da Meia-Noite

    A minissérie Missa da Meia Noite (Midnight Mass, 2021) deve ser o melhor trabalho do diretor Mike Flanagan. E também deve ser a maior quantidade de missa que vi em 20 anos. É interessante como estamos acostumados a ver o catolicismo, quando em contexto de narrativas de terror, vinculado principalmente a possessões demoníacas e exorcismos. Mas a premissa aqui parte da própria ritualística: e se o tomar o corpo e sangue na comunhão fosse mais real? Transformar o rito de canibalismo simbólico e sagrado em literal e profano. São muitas sequências que se passam em missas e a criação católica do cineasta transparece: não são caricatas, mas seguem a gestualidade,…

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    Mrs. America

    Assisti à minissérie Mrs. America, baseada na história da ativista e lobista estadunidense contra a igualdade de gênero e os direitos das mulheres Phyllis Schlafly, interpretada por Cate Blanchett. (Sim, isso existe, mulheres contra os direitos das mulheres). O recorte histórico abarca de 1972 até 1981, período em que se tentava aprovar, nos EUA, uma emenda constitucional de Igualdade de Direitos. Gostei muito da recriação de época e também do foco, que a cada episódio se desloca para uma personagem diferente, passando pela própria Phyllis, mas também pelas feministas Gloria Steinem (Rose Byrne), Shirley Chisholm (Uzo Aduba), Bella Abzug (Margo Martindale), Betty Friedan (Tracey Ullman), Jill Ruckelshaus (Elizabeth Banks), entre…

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    Succession

    SENHORAS E SENHORES O MOMENTO MAIS ESPERADO DESDE O COMEÇO DA PANDEMIA FINALMENTE CHEGOU: A VOLTA DE SUCCESSION. Se você, como eu, estava amargando há dois anos a volta da melhor série da atualidade, a espera está quase no fim. Na última terça-feira, 6 de julho, a HBO soltou o teaser da terceira temporada. O Kendall vai finalmente tomar o lugar do pai? Ou o Logan vai matar o filho dele antes disso? Porque a Shiv tá cuspindo em um livro? São muitas perguntas para serem respondidas “this fall” (algo entre setembro e novembro). Pra quem ainda não conhece, Succession é o que acontece quando você mistura  Veep (ou In The Loop) com King…

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    Faz de Conta que NY é uma Cidade

    Se tem um “homem cineasta” na ativa que mora no meu coração, esse é Martin Scorsese, nosso simpático velhinho do Up- Altas Aventuras. Tem filme que eu gosto mais, tem filme que eu gosto menos, mas estou sempre esperando o próximo. E aí veio essa notícia de que ele realizou uma minissérie que chegou à Netflix meio na surdina: Faz de Conta que NY é uma Cidade (Pretend It’s a City, 2021) e eu não posso deixar de recomendar, porque eu mesma só fiquei sabendo dela por um amigo. Trata-se de uma série de conversas dele com Fran Lebowitz, intercaladas com gravações de entrevistas televisivas e apresentações ao vivo. Além de amiga de longa data do…

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    Aggretsuko

    Fazia muito tempo que eu não assistia a um anime. O argumento de um amigo que me convenceu a ver Aggretsuko foi “é da Sanrio da Hello Kitty, é diferente, é sua cara”. E de fato me senti representada em muitos pontos por essa… raposinha? gatinha? panda (?!) e seus surtos death metal no karaokê. Berrar guturais incompreensíveis é a forma da bichinha de desabafar da rotina hostil em um ambiente de trabalho cheio de desafios e abusos (eu fazia algo bem semelhante quando era mais xovem). Mesmo não sendo um show impróprio para menores, os personagens – animais antropomorfizados muito fofinhos como as diretoras Gori e Washimi – bebem MUITO após…